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Festival 'É tudo Verdade' terá 137 documentários

Por AE
Atualização:

O maior evento do documentário na América Latina, o Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, chega à sua 13ª edição, que começa dia 26 em São Paulo e no dia seguinte no Rio, devendo prosseguir em Brasília, com extensões no Recife, em Bauru e Caixas do Sul. O festival vai exibir 137 documentários. Só a seleção brasileira vai exibir 18 títulos inéditos, o que dá bem uma idéia do desenvolvimento que este tipo de cinema alcançou no País - aliás, em todo o mundo. No sábado, o criador do evento, Amir Labaki, reuniu a imprensa no CineSesc para mostrar o filme da abertura carioca - "Sem Fim à Vista", de Charles Ferguson, sobre a Guerra do Iraque, que disputou o prêmio da categoria no Oscar - e também para anunciar as novidades de 2008. Quando criou o "É Tudo Verdade", há 13 anos, Labaki sabia que poderia estar incentivando o surgimento de um gueto, mas era importante dar vazão a uma produção que crescia e não encontrava canais de exibição. Hoje, os documentários estão na TV, no circuito comercial e não apenas participam como até vencem os mais importantes eventos de cinema do mundo. Os blockbusters continuam sendo as ficções de Hollywood, mas hoje em dia ninguém se surpreende mais com a diversidade dos documentários. Além das mostras competitivas brasileira e internacional, haverá a já tradicional seção informativa Estado das Coisas, voltada para obras que têm cunho social, histórico e jornalístico - e também o Foco Latino-Americano e Horizonte, porção dedicada a obras experimentais. Nestas diferentes seções serão exibidos filmes como "Stranded", do uruguaio González Arijón, que narra de um outro ângulo a história que se tornou conhecida como a dos ''sobreviventes dos Andes''. A competição brasileira destaca documentários sobre três personalidades polêmicas - o treinador da seleção brasileira João Saldanha, retratado em "João", de André Siqueira e Beto Macedo; o poeta Waly Salomão, que está no centro de "Pan-Cinema Permanente", de Carlos Nader; e o cantor Wilson Simonal, cuja ascensão e queda são documentadas em "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei", de Cláudio Manoel, Michael Langer e Calvito Real. As retrospectivas deste ano privilegiam o documentário experimental brasileiro e traz para o Brasil a mostra "Dez Documentários Que Mudaram o Mundo", realizada em Londres, em outubro passado, com curadoria de Mark Cousins. São filmes como "Tiros em Columbine", de Michael Moore, "O Triunfo da Vontade", de Leni Riefenstahl e "A Dor e a Piedade", de Marcel Ophuls.

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