Festival Contemporâneo de Dança traz o melhor da produção internacional

Em cinco locais da cidade, será possível assistir a espetáculos produzidos na Europa, África e América Latina; veja programação

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Por Redação
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Ocupando cinco locais distintos na cidade de São Paulo até o dia 16 de novembro, o 7º Festival Contemporâneo de Dança começa nesta quinta-feira, na Galeria Olido, com Marlene Monteiro (Cabo Verde/Portugal). Ela faz parte do Coletivo Bomba Suicida desde sua criação, em 1997, e dança Guintche (2010), apresentado no FID do ano passado, em Belo Horizonte.

Mantendo a originalidade da sua curadoria, o FCD continua, felizmente, ignorando o vírus mercadológico da novidade e apostando na consolidação do conhecimento. Assim, traz novamente Ivo Dimchev (Bulgária/Áustria), com duas performances (Concerto e iCure), e Taoufiq Izeddiou (Marrocos), desta vez com a sua companhia, Anania (Rev'illusion).

Rev'illusion. Coreografia do marroquino Taoufiq Izeddiou Foto: Divulgação

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Comprometida com a educação ao longo do tempo, a programação do FCD abre espaço para jovens criadores sul-americanos, apresentando Luciana Chieregato, do Coletivo Qualquer (Brasil/Espanha, com Gag), Cecília Lisa Eliceche (Argentina/Bélgica, com Cow’s Theory) e a dupla Santiago Turenne/Miguel Jaime (Uruguai, com Surto). E realiza Oficinas de Criação com Ivo Dimchev (4 e 5 de novembro) e Taoufiq Izeddiou (4, 5 e 6 de novembro). A oficina de Marlene Monteiro aconteceu dias 28 e 29 de outubro.

Declarando-se interessado na experimentação e na criação de novos contextos para a dança, o FCD acolhe novamente o 7 X 7, importante projeto sobre as maneiras de se falar de dança que, desde 2009, acompanha todas as suas edições. Sheila Ribeiro concebeu o 7X 7 para estimular a produção de leituras poético-críticas de obras de dança.

Com as características de forte tonalidade não-colonizada que vem lapidando, o FCD realiza uma bem-vinda ampliação no rol das figurinhas carimbadas na dança contemporânea.

Mostra traz novidades da dança em SPPelo sétimo ano consecutivo, a Cia Corpos Nômades realiza a Mostra Lugar Nômade de Dança na sua sede, o Espaço Cênico O Lugar, inaugurado em 2007 na Rua Augusta, em São Paulo. Como de praxe, serão dois finais de semana, de sexta a domingo, começando nesta quinta-feira e se encerrando no dia 2 de novembro.

A continuidade desta iniciativa é louvável sobretudo por se consolidar como um projeto de perfil único. Além da programação regular, esta Mostra agrega uma boa produção universitária (M.U.D.A.N.Ç.A - Mostra Universitária de Dança); os jovens que estão entrando na carreira (Sessão Meia-Noite Olho Neles); conversas sobre procedimentos artísticos e estratégias políticas para as artes (Lugar de Reflexão -Tea Time) e um programa de residência coreográfica (Lugarização). Trata-se de um projeto de tal relevância que, em 2010, ganhou o Prêmio APCA como Modelo de Espaço de Difusão da Dança.

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Pela primeira vez, a companhia da casa, a Corpos Nômades, fundada e dirigida por João Andreazzi, participa. No próximo final de semana, dançará Espectros de Shakespeare - Do Outro Lado do Vento, dividindo o palco com a Cia. Artesãos do Corpo (Sobre o Começo ou Fim) e com o Núcleo de Pesquisas Mercearia de Ideias (Nossos Sapatos).

O programa de estreia é composto por Platô (com Cláudia Palma e Armando Aurich), Roda de Pólvora (com a Cia de Dança Cláudia de Souza) e Voyeur (com a Divinadança).

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