Fernanda Lima é destaque no Fashion Rio

A malharia é a principal matéria prima: Viscolycra, moletim e jersey são vistas nas coleções que já rendeu a Juliana o título de ?rainha da malha? pela imprensa brasileira

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Por Agencia Estado
Atualização:

A estilista Juliana Jabour fez sua estréia no Fashion Rio ontem com uma releitura do náutico com toques retrô dos anos 50 e 60. Na passarela, a atriz Fernanda Lima, cliente da marca e amiga da estilista. O último dia de desfiles foi aberto pelo Rio Moda Hype, o espaço para novos estilistas. No encerramento da semana de moda estava previsto a apresentação de Raica, namorada do jogador Ronaldo Fenômeno, pela grife TNG. Juliana Jabour apresentou mínis e máxis vestidos em viscolycra, moletinho, gaze de viscose. Nas cores, ela fugiu do que chama o "náutico tradicional", com azul, vermelho e branco. Apostou no azul, amarelo e branco. O verde foi presença marcante no desfile, inclusive no mini vestido usado por Fernanda Lima, que tinha a cintura deslocada para o quadril e botões nas laterais. A estilista ousou com botas com franjas para o verão. "Eu uso muito. Procuro fazer coisas que gosto de usar e descubro que muita gente também gosta. Mas tem que ter atitude", disse. O Rio Moda Hype foi aberto pela Flesh Beck Crew, grife de moda masculina, que misturou streetwear com moda praia, com estilos e tendências inspirados nos movimentos culturais como o Dub e o Mague Beat. A segunda grife a desfilar foi a Charlotte, de moda feminina. Para criar uma moda praia sofisticada, a estilista Carol Sofia apostou nas listras e sobreposições de vestidos evasês e bermudas na altura do joelho - já um clássico desta edição do Fashion Rio. O Cordel Regional buscou inspiração no samba para criar os looks masculinos, complementados pelo chapéu panamá e sapatos bicolores. Calças jeans e de Sarja, bermuda e paletó foram as formas exploradas pelos designers. A Despi Poppe, que estreou ontem no Moda Hype, utilizou materiais inusitados, como azulejos, palhas e penas, para ornamentar vestidos evasês e saias godês. A grife investiu nas sedas exclusivas, no algodão e na renda renascença - produzida em Pernambuco com o espinho do Mandacaru. O marrom foi a cor mais marcante no desfile ds estilistas Márcia Poppe e Despina Filós. Os estilistas da Soul Seventy, o casal Antonio Bokel e Amanda Mujica, abusaram de drapeados e estampas listradas em bermudas, vestidos e shorts. Com uma proposta de ser "um movimento subversivo militante que, através da comunicação entre arte e moda luta contra a padronização do ser humano". A atriz Daniele Suzuki desfilou com um vestido verde musgo, estilo "Che Guevara", cor que predominou em todo o desfile, compondo com tons crus. Os biquinis e sungas vieram em tons escuros e modelagem larga. A última dos novos estilistas foi Juliana Cabeza, da Laço de Fita. Muitos babados, patchwork de estampas, mangas exageradamente bufantes - inclusive em maiôs - apareceram nos looks, que pretendiam trazer a moda dos estudantes americanos para a praia carioca.

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