Fenícios ocuparam Austrália, diz pesquisador

Val Osborne garante ter encontrado complexo mineiro e vestígios de templo, cemitério e porto de cerca de 3 mil anos de idade

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Por Agencia Estado
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Os fenícios estiveram na Austrália e deixaram vestígios. É o que afirma o explorador Val Osborne. A tese tem sido rebatida pela comunidade científica australiana, mas, se Osborne estiver certo, a história das civilizações ganha um novo e revolucionário capítulo. O pesquisador afirma ter encontrado um complexo mineiro erguido há 3 mil anos, provido de templo, porto e cemitério. Fica nas proximidades de Mackay, a 1.600 km da capital Canberra. Osborne diz estar guardando a descoberta já há quatro anos, durante os quais descobriu particularidades sobre o sistema de mineração fenícia, que incluía um sistema hidrotermal para exploração. Vê nestes vestígios coincidências com descobertas arqueológicas no Oriente Médio. A comunidade científica rechaça. Diz que "descobrimentos" como este vinculam-se a uma tentativa de cunho místico que pretende ligar o povoamento da Austrália a civilizações do Oriente Médio e do África Setentrional, entre eles fenícios e egípcios. Para ela, as únicas ocupações na Austrália anteriores às viagens do pioneiro capitão inglês James Cook, que chegou ao continente na segunda metade do século 18, são as passagens efêmeras de holandeses, franceses, espanhóis e, provavelmente, indonésios. Os antropólogos que recusam a tese de Osborne indicam que seu achado pode simplesmente relacionar-se às minas de uma antiga comunidade da região cuja economia já foi movimentada pela exploração do ouro, daí a proliferação de tantas teorias, que incluem até a passagem de extraterrestres. Mas apesar da má receptividade de usa tese, Osborne não se abate. Está convencido de que os fenícios estiveram por lá e exploraram ouro, cobre e até cádmio, para o que assegura contar com a opinião de arqueólogos e antropólogos de outros países.

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