Feminismo embala trama de "O Cravo e a Rosa"

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Por Agencia Estado
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As mudanças no comportamento feminino ocorridas nos anos 20 - os chamados "anos loucos" - serão o pano de fundo do romance entre a geniosa Catarina (Adriana Esteves) e o bronco fazendeiro Petruchio (Du Moscovis). Usar maquiagem e roupas que deixam as pernas e o colo à mostra, trabalhar fora, morar sozinha, dirigir o próprio carro e escolher com quem se casar são algumas das atitudes que antes de 1927 escandalizavam qualquer puritana da sociedade tradicionalista. "Se hoje em dia as mulheres ainda sofrem com piadinhas machistas quando estão ao volante, imagine naquele tempo", brincou Walcyr Carrasco, autor de O Cravo e a Rosa, referindo-se à Catarina, que logo nos primeiros capítulos terá aulas de direção com o jornalista carioca Serafim Tourinho (João Vitti), dono da Revista Feminina. Até mesmo o figurino usado por Catarina terá traços modernistas, saídos diretamente das telas de Tarsila do Amaral. O direito de voto às mulheres - conquistado em 1927 pela Constituição do Rio Grande do Norte - também deverá ser assunto na novela. O movimento feminista estará intensamente representado por Catarina e suas amigas, as professoras Lourdes (Carla Daniel) e Bárbara (Virgínia Cavendish), que moram sozinhas na capital paulista e surgem logo no primeiro capítulo participando de uma passeata pelos direitos das mulheres. Assim como as três amigas, Dinorá (Maria Padilha) também é uma boa representante da mulher que está à frente de seu tempo. Inspirada na diva Greta Garbo, ela é autoritária e dona da última palavra em sua casa, fazendo o marido Cornélio (Ney Latorraca) sofrer com seu comportamento.

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