Feira tem fila de espera para salão de negócios

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Por Roberta Pennafort
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Criada há 30 anos, a Bienal do Livro do Rio é, há pelo menos 14, quando surgiu a programação com debates e sessões de bate-papo, bem mais do que uma feira comercial. Tornou-se um evento cultural de massa - esperam-se mais de 600 mil pessoas em 11 dias -, voltado para todas as idades. O objetivo final, no entanto, é o crescimento do mercado editorial, e, para isso, é preciso vender.Pensando nas transações internacionais, pela primeira vez será instalado no Riocentro um salão de negócios para encontros de editores e agentes literários estrangeiros e brasileiros. Será num mezanino no pavilhão verde e funcionará de amanhã a sábado. Dezoito estações de trabalho foram disponibilizadas, ao custo de R$ 890 cada um, e se formou até lista de espera. Entre os confirmados, representantes de autores, agências literárias e editoras daqui e da Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Chile e Gana."Fizemos algo nos moldes das feiras de Frankfurt, Guadalajara e Turim, uma mesa para cada um, como um escritório para fazer reuniões. É um lugar privativo, sem acesso do público, pensado para facilitar os contatos", descreve Sonia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), um dos organizadores da Bienal.A Alemanha é a convidada de honra e está mandando uma delegação robusta. Dos 28 autores estrangeiros convidados, dez vêm do país. O estande alemão, concebido pelos institutos Goethe do Rio e de São Paulo, terá workshops, performances e rodas de conversa. Em outubro, será a vez do Brasil, na condição de homenageado, se divulgar por lá, durante a Feira de Frankfurt - a maior do mundo.A programação cultural tem mais de 100 sessões. Os organizadores acreditam que o contato com o autor estimula o público a comprar. As atrações foram idealizadas de forma plural. O público masculino vai se identificar com o Placar Literário, que abordará a literatura de futebol de clássicos como Nelson Rodrigues e José Lins dos Rego. Os adolescentes devem se encaminhar para o Conexão Jovem e o #acampamento na Bienal, onde estarão best-sellers dessa geração de leitores, como Eduardo Spohr e Thalita Rebouças, além da menina catarinense Isadora Faber, que ficou famosa em todo o País por divulgar na internet os problemas de sua escola. O Mulher & Ponto, entre outras atrações, promove uma "leitura afetiva" da obra de Lygia Fagundes Telles.Na última edição, a presença do padre-escritor Marcelo Rossi fez a Bienal bater seu recorde: 110 mil pessoas num único dia, o que fez acabar até a água do Riocentro. Esta edição aparentemente não tem um autor com esse potencial. Entre os convidados, estão grandes vendedores de livros, como os norte-americanos Nicholas Sparks, James C. Hunter, Sylvia Day e Corey May. ALGUNS NÚMEROS: 28 autores estrangeiros 170 mil estudantes devem visitar950 expositoresBIENAL DO LIVRO DO RIO Programação completa: http://www.bienaldolivro.com.br/

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