Feira do Livro de Madri encerra com Vargas Llosa e sucesso de vendas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Liderados pelo peruano Mario Vargas Llosa, mais de duzentos autores autografaram seus livros hoje, na Feira do Livro de Madri. Um dia antes de seu término, organizadores do evento calculam que a principal marca do ano foi o êxito de vendas. "Estamos prontos para divulgar as cifras, e mesmo que tenhamos acertado a tabela com os expositores, as vendas foram muito bem" disse o diretor adjunto da Feira, Antonio Albarrán, quem acrescentou que foram superados os 800 milhões de pesos em vendas (cerca de R$ 9 milhões), em comparação aos 500 milhões do ano passado. Outro sucesso foi a presença de escritores nessa feira. Mais de 3.000 escritores autografaram livros este ano, e entre eles, hoje, Mario Vargas Llosa, que diante do assédio dos jornalistas, afirmou que "primeiro estão os leitores", que formavam uma grande fila para serem recebidas pelo autor. Sorridente, o escritor peruano perguntava o nome a cada leitor que esperava sua assinatura, desde àqueles que apareciam com seu último livro A Festa do Cabrito, até aos leitores de Conversas na Catedral, uma de suas primeiras obras. Vargas Llosa disse que havia escolhido novamente um ditador para A Festa do Cabrito, por uma razão puramente circunstancial. "Em 1975 estive oito meses na República Dominicana por causa de um filme. Lá existem muitas piadas sobre a ditadura de Trujillo que me impressionaram bastante. Depois, li alguns livros a respeito e me vi entre horrorizado e fascinado, decidindo então fazer uma novela com este contexto histórico", explicou. O escritor, satisfeito por comprovar o êxito de seu último livro, compartilhou a jornada de autógrafos com seu filho Alvaro, quem ficou também registrado no seu penúltimo livro O Reino do Espanto. Também deram autógrafos hoje os escritores espanhóis Antonio Gala, Javier Marías, Ana María Matute e José Luis Sampedro, o chileno Luis Sepúlveda e o mexicano Ignacio Padilla.

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