Apesar dos acontecimentos atuais em conseqüência dos atentados terroristas nos Estados Unidos do dia 11 de setembro, a Feira do Livro de Frankfurt inaugurada hoje pelo ministro de Estado da Cultura da Alemanha, Julian Nida-Ruemelin, e pelo presidente grego Constantinos Stephanopoulos, manterá o programa previsto em favor da liberdade de opinião e do diálogo. Na coletiva de imprensa ocorrida hoje, o diretor da feira Lorenzo Rudolf disse que a característica desta edição não é a atividade febril que marcou os outros anos. "Após o ataque contra as Torres Gêmeas de Nova York não é possível uma volta à normalidade total", disse. Prova disso foi a massiva desistência por parte dos expositores dos Estados Unidos, um dos maiores mercados editoriais do mundo: dos 54 expositores dos EUA previstos inicialmente, 31 desistiram. A escritora chilena Isabel Allende cancelou sua visita à feira, segundo sua editora alemã, porque não quer viajar de avião. O escritor italiano Umberto Eco ainda não confirmou sua presença em um debate sobre o gênero policial que mistura trama detetivesca e política. A feira se desenvolverá sob estrita vigilância e reforçadas medidas de segurança. nos espaços de expositores como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Israel e países árabes. As medidas de segurança incluem a revista de bolsos e de todas as instalações pelas manhãs, antes da abertura das portas ao público. Espera-se a visita de 300 mil pessoas aos 6.661 expositores de 105 países de todo o mundo que apresentam 400 mil títulos no total, sendo que 100 mil são novos lançamentos desta 53.ª edição da Feira do Livro de Frankfurt.