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Fascínio por imagens em movimento

Por LUIZ CARLOS MERTEN - O Estado de S.Paulo
Atualização:

Gore Vidal sempre teve a fama de ser melhor de ensaio que de ficção. Isso é tanto mais interessante porque ele próprio dizia que o cinema foi decisivo na formação do seu imaginário. Ele viu o primeiro filme aos 4 anos e, desde então, as imagens em movimento nunca deixaram de fasciná-lo. Escreveu Screening History, filtrando acontecimentos históricos por meio do tratamento que tiveram no cinema. Há 16 anos, quase veio filmar no Brasil com os irmãos Vinicius e Diogo Mainardi. Adorou o roteiro de Sightseeing, sobre turista que se envolve com traficantes e tem os olhos arrancados. Gay de carteirinha, dizia que Charlton Heston teria tido uma síncope se percebesse a intenção velada da cena que escreveu para Ben-Hur, de William Wyler, em que as lanças do herói e de seu desafeto, Messala, se interpenetram. Não teve sorte em Hollywood. Homem e Mulher Até Certo Ponto, de Michael Sarne, baseado na história da transexual Myra Breckinridge, é um filme ruim, apesar do elenco. Já Vassalos da Ambição, de Franklin Schaffner, sobre um candidato gay, resultou num bom filme.

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