Farabbud oferece comida árabe feita na hora

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Por Agencia Estado
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O muito bom Farabbud faz de tudo para não ser confundido como um fast-food, pois elabora tudo na hora, inclusive as esfihas (assadas na hora, fina e com bom picadinho), sem apelar para as famigeradas estufas ? e deixa bem claro no cardápio que só usa carnes resfriadas, nunca congeladas. Por uma feliz coincidência, apareceram recentemente vários restaurantes árabes de primeira, entre os quais o Farabbud, "descendente" do Bambi e do Flamingo, onde foram difundidos pratos que hoje são clássicos em São Paulo, como o chocolamour (sorvete com uma farofa muito particular, feita com leite em pó, farinha de caju, açúcar e outros ingredientes, que consagrou-se no Bambi da Al. Santos e já foi até centro de disputa judicial) e o beirute. Paulo Abbud, o dono, é filho de Abbud, que fundou o Flamingo, na rua Augusta, e sobrinho de Luis Saber, do Bambi. Segundo ele, o beirute não nasceu em nenhuma dessas casas, mas sim numa lanchonete dos irmãos Jorge e Fauze Farah chamada Dunga, na Rua Cubatão. Como faltou pão de forma para o misto quente, os proprietários usaram o pão árabe. Para dar um toque oriental, foi colocado o zatar. O nome do "beirute" nasceu automaticamente. O Farabbud é simples, gostoso, informal e meio apertado. Apesar de se afastar do gênero, tem jeitão de lanchonete, ou restaurante fast-food. Ironias da decoração. Um terraço na frente com umas oito mesas para duas pessoas e um salão interno pequeno com mais uma dez mesas pequenas. Paredes claras, com belas fotos em branco e preto e um bar incrustado numa das laterais. Cardápio relativamente conciso, com muitos clássicos da cozinha árabe. De todos os pratos provados, apenas duas decepções, e não das maiores: com a kafta (sem tempero, pouca salsinha e sem graça, R$ 7) e com o michui de filé (insosso, como quase todo filé mignon, R$ 15). Ótima a lingüiça árabe, fininha e com ótimo tempero (feita com carne de boi e não de cordeiro, R$ 8). No mesmo patamar os charutinhos de folha de uva (macios, R$ 8) e, principalmente, os de repolho ( delicados, com verdura durinha, al dente R$ 7). As pastas habituais aprovaram: babaganuche, de berinjela (com bastante paladar, meio picante); homus gostoso (grão-de-bico moído e não transformado numa pasta lisa) e a coalhada árabe (densa e saborosa). Apenas mereciam um azeite de oliva de melhor qualidade. O trio de pastas custa R$ 8. Quibe frito sequinho, com o picadinho solto e sem muito tempero (R$ 1,80, também merecendo fatias de limão para temperá-lo e não suco numa garrafinha). Farabbud - Al. dos Anapurus, 1253. Tel.: 5054-1648.

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