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Falta de água e luz em Paraty não atrapalha a Flip

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Por Redação
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Muitos estabelecimentos ficaram sem água e, como se não bastasse, a cidade histórica de Paraty, no Rio de Janeiro, também sofreu com a falta de luz no final de sábado (8). Um rompimento em uma das adutoras que abastecem a cidade foi a causa da falta de água. No caso da luz, uma explosão em um poste transmissor de energia, por volta das 18h40, deixou Paraty às escuras. Até às 21 horas, alguns lugares permaneciam sem energia. Mas nada disso tirou as atenções dos debates da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip 2007. O destaque no sábado foram os jornalistas Lawrence Wright e Robert Fisk, que chegaram a protagonizar uma "discussão" em público, na mesa denominada "Narrativas de Conflito". Em um dado instante, a mediadora do debate sugeriu que os dois jornalistas se entrevistassem. Lawrence perguntou a Fisk se ele achava que os Estados Unidos mereciam o atentado do 11 de setembro. Fisk por sua vez rebateu mandando uma série de perguntas, de certa forma menosprezando o que lhe foi perguntado. O sábado também teve espaço para uma discussão romântica, sobre o amor e as complicações, em "Perdoa-me por te traíres" com a psicanalista Maria Rita Kehl e o argentino Alan Pauls. O escritor, que trata de relações amorosas em seus livros, chegou a dizer que não era um expert no assunto, e sim uma pessoa que escrevia sobre coisas que ele mesmo vivenciou. Pela manhã, a primeira mesa do dia teve o homenageado da Flip, Nelson Rodrigues, como essência. Dividiram a mesa o jornalista Nelson Motta, escalado de última hora para substituir Arnaldo Jabor, e os ensaístas Leyla Perrone-Moisés e Nuno Ramos. Logo em seguida o argentino César Aira e o ensaísta Silviano Santiago discutiram em "Dois lados do balcão" os limites entre as narrativas ficcionais e não-ficcionais. Encerrou o penúltimo dia da Flip, a leitura da peça "O beijo no asfalto", de Nelson Rodrigues, dirigida por Bia Lessa com participação de diversos escritores.

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