
25 de dezembro de 2010 | 00h00
Mas, ao contrário do que esperavam, o disco caminhou em uma direção aparentemente inversa à do rock que dominava as rádios: foi buscar inspiração no cancioneiro nordestino de Jackson do Pandeiro e Riachão, além de contratar a Banda de Pífanos de Caruaru para introduzir o disco com Pipoca Moderna.
"Depois de Londres ele mudou", conta Menescal. "Ele era bem gordinho, bem cheinho. Aí ele comeu muito macrobiótico, que era a coisa da onda, e emagreceu adoidado. Nessa época ele tinha um rigor com as coisas e tinha uma dedicação muito grande. E um vigor muito grande. Ele perdeu 20 quilos e ficou leve. Eu me lembro de um show aqui que teve 4 horas sem perder a energia", completa.
Para gravar Expresso 2222, Gil chamou uma excelente banda que incluía Lanny Gordin no baixo e na guitarra. "Com o Gil, não havia tempo ruim. Ele sabia exatamente o que queria. Chegava no estúdio e gravava. Os destaques do disco, Oriente, Chiclete com Banana, a faixa-título, são pérolas do cancioneiro que marcaram a evolução do violão brasileiro. Até hoje, Gil pega o violão em qualquer lugar do mundo e sai aquela coisa suingada. A escola dele passa por todos".
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