Exposições em Edimburgo destacam Gerhard Richter e Caravaggio

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Por IAN MACKENZIE
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Foi aberta em Edimburgo uma grande mostra das obras do alemão Gerhard Richter, visto como um dos mais influentes artistas vivos, com uma dramática visão de sua arte dos últimos 45 anos. John Leighton, diretor geral das Galerias Nacionais da Escócia, descreve Richter como "possivelmente o mais importante e influente artista contemporâneo vivo". A exposição no complexo do National Gallery, no centro da capital escocesa, ficará até 4 de janeiro. Mais de 60 obras de cinco coleções particulares cobrem praticamente todos os períodos da carreira de Richter. Elas incluem os trabalhos em preto e branco de base fotográfica que lhe valeram o apelido de "artista pop alemão" na época em que Andy Warhol era a influência principal na arte pop dos EUA, chegando até o que a galeria descreve como "os magistrais abstratos dos anos 1990 e depois" de Richter, "com suas cores sensuais". Outra exposição da obra de Richter, "4900 Colors: Version II", está prestes a encerrar depois de dois meses na Serpentine Gallery, em Londres. E a National Portrait Gallery, também em Londres, terá entre 26 de fevereiro e 31 de maio do próximo ano a exposição "Gerhard Richter Portraits". Nascido em Dresden em 1932, Richter viveu sua infância na era nazista e depois na Alemanha oriental, comunista, onde iniciou sua carreira. No início de 1960 ele se mudou para a Alemanha ocidental, onde fez sua primeira exposição em 1962. O curador da exposição em Edimburgo, Keith Hartley, considera Richter um grande artista porque ele tornou a pintura vital e relevante outra vez. A exposição de Richter se segue a uma muito bem sucedida mostra de obras de Warhol no ano passado, ambas patrocinadas pela série totalART do Banco da Escócia. Richter foi à Escócia pela primeira vez com vários outros artistas alemães em 1970, a convite do artista e empresário de arte Richard Demarco, que introduziu no país uma escola de artistas europeus virtualmente desconhecidos na Grã-Bretanha na época. CARAVAGGIO Outra grande exposição ficará até março na Galeria da Rainha do Palácio Holyrood, residência da rainha Elizabeth em Edimburgo. Trata-se de uma espetacular exposição de arte do barroco italiano, parte da série Arte da Itália, que expõe obras da coleção real. Duas das obras mais importantes são trabalhos de Caravaggio que antes se acreditava fossem cópias de originais perdidos. Mas pesquisas recentes atribuíram as duas telas - "O Chamado de São Pedro e Santo André" e "Menino Descascando Frutas" - ao próprio grande mestre. Hoje avaliado em 50 milhões de libras (77,33 milhões de dólares), "O Chamado..." tinha ficado numa sala secundária do palácio Hampton Court até 2001, quando foi tirado da parede para ser examinado e restaurado.

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