11 de agosto de 2010 | 09h37
Convidada a participar do projeto Ocupação do instituto, Regina decidiu apresentar um conjunto de maquetes de trabalhos que realizou entre 2004 e 2007 em espaços diversos, como Irruption, em versões para o Museum of Fine Arts de Houston (EUA) e para a Bienal de Taipei (Taiwan); Lumen, para o Palácio de Cristal de Madri (Espanha); Mundus Admirabilis, para o Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília; e Observatório, para a Pinacoteca do Estado, em São Paulo, entre outros. São, todos eles, intervenções em diálogo com a arquitetura (interna ou na fachada) dos lugares, feitas no campo caro de criação da artista a partir do "jogo da imagem com a percepção", seja provocando ilusionismo ótico, deformando a perspectiva, manipulando a sombra. Nas maquetes vemos obras em que imagens como pegadas de animais e de pessoas, insetos gigantes ou marcas de derrapagens de pneus, por exemplo, ocupam os locais ou promovem a sensação de terem invadido completamente aqueles espaços.
"Há o encanto de refletir sobre o trabalho, olhar para trás e oferecer a questão da escala", afirma Regina Silveira sobre a exposição. A mostra ganha, assim, um caráter misto, tanto didático quanto de criação de um espaço para a imaginação.
O processo criativo da artista está lá no espaço expositivo com a apresentação de pranchas com estudos e do vídeo, dirigido por André Costa, feito a partir de colagem de fotografias e registros de making of da realização das obras em cada um dos lugares. A própria apresentação das maquetes, sobre uma bancada branca, remete à mesa e às lâmpadas do estúdio de Regina Silveira. Ainda vale dizer que Regina Silveira exibe até 15 de outubro a obra Glossário, inédita, sobre a luz, e feita especialmente para o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (Rua Borges Lagoa, 1.450). "É um poema visual", diz a artista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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