
11 de abril de 2014 | 14h51
Nascidos em séculos diferentes e de lados opostos do Atlântico, a justaposição dos dois artistas pode parecer forçada a princípio.
A maior parte do trabalho de Mapplethorpe envolve nus monocromáticos de modelos masculinos - com frequência seus amantes - , enquanto Rodin é celebrado como escultor moderno e pioneiro da segunda metade do século 19, cujas obras-primas incluem "O Pensador" e "O Beijo".
Apesar das diferenças entre os artistas, a curadora da exibição, Hélène Pinet, disse haver razões válidas para unir os dois sob o mesmo teto na exposição recém-inaugurada no Museu Rodin.
"Colocamos os dois juntos porque eram ambos apaixonados pelo corpo humano", declarou Pinet à TV Reuters. "Ambos expressaram isso, um na fotografia e outro na escultura, e ocorre que desenvolveram um vocabulário comum".
A semelhança de forma é arrebatadora. Ecos do famoso "Homem Andando" de Rodin - que não tem cabeça nem braços - são encontrados no estudo "Michael Reed", de Mapplethorpe, que mostra um homem andando com a cabeça e os braços envoltos em sombras.
A exibição, que vai até 21 de setembro, acontece ao mesmo tempo que uma retrospectiva mais abrangente de Mapplethorpe no Grand Palais de Paris, e os dois eventos contaram com empréstimos da coleção Robert Mapplethorpe.
(Por Johnny Cotton)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.