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Exposição destaca relação entre natureza e cultura

Valu Oria Galeria de Arte abre amanhã a mostra O Orgânico em Colapso, com trabalhos de pintura, desenho, fotografia e objetos de 15 artistas

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bienal de São Paulo é um evento que atrai curadores, artistas e colecionadores de outros Estados e países. Tal presença estimula a organização de mostras paralelas. Assim, disposta a apresentar a esses visitantes um extrato da produção artística brasileira, especialmente aquela afinada com a contemporaneidade, a Valu Oria Galeria de Arte apresenta, a partir de amanhã, a exposição O Orgânico em Colapso, com a curadoria de Maria Alice Milliet. São trabalhos de pintura, desenho, fotografia e objetos de 15 artistas, cujas obras foram escolhidas por tratarem com sutileza da relação entre a natureza e a cultura. "Ao examinar o portfólio dos artistas que integram a galeria, percebi a existência de uma preocupação comum a vários trabalhos: uma sensibilidade atenta às alterações do meio-ambiente e ao homem conflitado que nela habita", comenta Maria Alice, no catálogo da exposição. "A idéia é mostrar como a arte interpreta o mundo dominado pela ação do homem onde não cabe mais sonhar com uma natureza idílica e sim enfrentar a vida afetada pelo avanço tecnológico." Unidos por esse fio condutor, os trabalhos são distintos na forma e no material utilizado. Assim, algumas contêm material vegetal, como a obra de Karin Lambrecht, que utiliza resíduos de flores, folhas e mel, e outras usam material de origem animal, como os arranjos de Christiana Bernardes, que reúnem pêlos de cachorro e penas. Há ainda figuras híbridas formadas por mãos e pés humanos acoplados a instrumentos de trabalho (Marta Strambi) objetos de madeira (Cristina Rogozinski) e lã e vidro (Stela Barbieri). Meios que permitem a reprodução da imagem também estão presentes nas obras de de Lucia Chiriboga e Tadeu Jungle, que tratam da mensagem fotográfica. Esses trabalhos estão ao lado de desenhos de anatomia, de Claudio Mubarac, e de pintura minimalista, de Sônia Müller. Já trabalhos como o de Paulo Humberto, que utiliza estopa, remetem, segundo Maria Alice, à vulnerabilidade do mundo globalizado. Outros exemplos que seguem esse conceito estão nas obras de Marlene Almeida, que utiliza areia, e Ana Muglia (detritos urbanos). O Orgânico em Colapso. De segunda a sexta, das 10 às 19 horas; sábado, das 11 às 14 horas. Valu Oria Galeria de Arte. Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1.403, tel, (11) 3083-0811. Até 13/4. Abertura às 21 horas.

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