Exposição de Matisse em Paris mostra sua natureza obsessiva

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Por VICKY BUFFERY
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Uma grande exposição sobre Henri Matisse inaugurada em Paris nesta semana traz uma nova perspectiva para o seu trabalho, mostrando o meticuloso processo criativo por trás das formas simples e cores estridentes que fizeram o nome do artista francês. "Matisse: Pares e Séries" explora pela primeira vez como um dos maiores pintores do século 20 repetia a mesma composição diversas vezes, variando cor e técnica, antes de ficar satisfeito com o resultado. Para um homem mais conhecido como líder do movimento fauvista e pelas rajadas de cor aparentemente espontâneas como no seu "A Alegria de Viver" de 1906, a mostra revela um lado inseguro e contido, que permaneceria inalterado ao longo de sua carreira de seis décadas. "Nós queríamos desafiar a sabedoria aceita de que ele era um pintor feliz, um pintor fácil, uma espécie de virtuoso de simplicidade e alegria", disse a curadora da exposição, Cecile Debray. A exposição, que deverá ser um dos destaques da temporada cultural de primavera em Paris, vai até 18 de junho no Centro Pompidou, antes de seguir para o Statens Museum for Kunst de Copenhague (Dinamarca) e, em seguida, para o Metropolitan Museum of Art, em Nova York.

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