
17 de março de 2011 | 00h00
Somente os efeitos de luz sobre os milhares de passistas e integrantes de alas e baterias, cada um com sua fantasia (e lantejoulas) própria(s), consumiram mais de 65 horas de computação gráfica. Como se põe uma escola na avenida, o telespectador da Globo e o leitor do Estado mais ou menos sabem. Como se constrói uma escola no computador pode ser uma novidade (e é ainda mais complicado).
Você é capaz de nem acreditar, mas aqueles milhares de pontos - compondo a audiência e os que desfilam - são tratados como "indivíduos". Saldanha e seus animadores criaram nove tipos básicos, aos quais aplicaram dois penteados possíveis e de três a cinco gradações de cor de pele. Dessa forma, chegaram a 90 tipos, que foram vestidos com texturas e tecidos de forma a compor uma ampla diversidade. Em termos de fantasia, nada supera a das baianas. Algumas foram tão detalhadas que os computadores da Blue Sky - a empresa de Carlos Saldanha - contabilizaram mais de 24.400 lantejoulas por fantasia.
Como Saldanha diz, a complexidade do desafio técnico cresce com a história e os personagens. Mas, para mostrar o Rio, era necessário incluir a Sapucaí na trama. O espectador não vai se dar conta da trabalheira que foi fazer tudo aquilo. E assim deve ser - o importante é a história de Blu, a arara-azul macho. "Diga, espelho, meu..."
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