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Evanildo Bechara é o novo imortal da ABL

Por Agencia Estado
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O filólogo Evanildo Bechara acaba de ser eleito para a cadeira número 33 da Academia Brasileira de Letras. Por 21 votos contra 16 do poeta Gilberto Mendonça Telles, Bechara ocupa a vaga deixada por Afrânio Coutinho, morto em agosto deste ano. Houve dois votos em branco. Todos os 38 acadêmicos votaram - Raymundo Faoro, eleito no último dia 23, e Evanildo Bechara completarão o quadro de 40 acadêmicos. Segundo o presidente Tarcísio Padilha, Bechara preenche um vazio deixado por Antonio Houaiss. "Desde a morte de Houaiss, há uma lacuna na área de filologia. Agora, os projetos relativos a dicionários, por exemplo, poderão contar com essa ajuda", disse. Ele enfatizou a tradição da casa em escolher novos integrantes que tenham afinidades com os anteriores. "Coutinho também foi um bom crítico da literatura e da língua portuguesa", disse Padilha. A nova diretoria da ABL anunciou semana passada que pretende desenvolver um dicionário etimológico no ano que vem. Evanildo Bechara é pernambucano, nascido em 1928. Sua primeira obra foi publicada aos 17 anos, já então preocupado com questões relativas à língua portuguesa. Sua Moderna Gramática Portuguesa é referência no ensino médio do País. Ele recentemente foi eleito por unanimidade para a Academia de Ciências de Lisboa e em julho deste ano recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra. É professor emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e fala oito idiomas, entre os quais grego e latim. Como de praxe, os acadêmicos irão encontrá-lo para dar a notícia de sua eleição. Ele receberá os cumprimentos no Clube Ginástico, no centro do Rio. Com a posse da nova diretoria dia 14, a ABL encerra as atividades do ano 2000. A reabertura da agenda regular será em março do próximo ano.

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