22 de julho de 2014 | 15h49
A disputa deverá ser mesmo polarizada entre Zuenir, jornalista de 83 anos e autor de best-sellers como 1968: O Ano que Não Terminou e Cidade Partida, e Cabral, de 78 anos e considerado um dos maiores historiadores brasileiros vivos. O primeiro tem cabos eleitorais como Arnaldo Niskier e Merval Pereira; o segundo, Eduardo Portella e Alberto da Costa e Silva.
Os últimos eleitos tiveram mais facilidade: Antônio Torres, que entrou na vaga deixada por Luiz Paulo Horta (1943-2013), e Fernando Henrique Cardoso, que sucedeu João de Scantimburgo (1915-2013), concorreram apenas com candidatos nanicos, sem relevância nacional. Este deve ser o caso de Ferreira Gullar, cuja vitória é dada como certa na eleição para a cadeira de Ivan Junqueira, que morreu no último dia 3.
"Na última eleição, eu tinha resolvido me candidatar, mas como o Antônio Torres, que é meu amigo, estava disputando, eu retirei, pra abrir espaço para ele. Ubaldo era meu amigo, a morte dele foi um choque, então não quero me antecipar muito. Candidato não deve ficar dando entrevista", disse Zuenir.
"Encaro a concorrência naturalmente. Infelizmente, não tive o prazer de conhecer o Ubaldo", comentou Cabral, irmão do poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999), que foi da ABL. Ele não cogitou se candidatar na sucessão do irmão. "Eu não aceitaria. As vagas na ABL não são de família".
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