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EUA e Colômbia se unem para evitar tráfico de bens culturais

Os dois países assinaram hoje um memorando para evitar tráfico de objetos como quadros e pinturas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os Governos da Colômbia e dos Estados Unidos assinaram hoje, em Bogotá, um memorando para combater o tráfico ilegal de bens culturais entre os dois países. A ministra de Cultura da Colômbia, Elvira Cuervo de Jaramillo, e a subsecretária de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos dos EUA, Karen P. Hughes, assinaram o documento, que insere os dois Governos na Convenção da Unesco de 1970 contra o saque de patrimônios culturais. O memorando foi assinado durante a visita oficial de dois dias à Colômbia que Hughes iniciou na terça-feira, numa cerimônia especial realizada no Museu Nacional de Bogotá. Hughes afirmou, após a assinatura, que seu Governo exercerá "maior controle" para impedir a entrada ilegal de bens culturais nos Estados Unidos e facilitar o retorno deles à Colômbia, quando for requerido. O acordo também permite à Colômbia receber assistência técnica para a preservação dos bens culturais que se encontrem em perigo. A ministra colombiana destacou a importância do pacto e ressaltou que entre 1985 e 2005, segundo números do Instituto Colombiano de Antropologia e História (ICANH), 36,6% do contrabando de bens culturais foram para os Estados Unidos. Segundo os mesmos dados, Espanha, com 14,6% e França, com 7,3%, vêm a seguir na lista de destino das peças colombianas. A funcionária observou que a saída ilegal de bens culturais dos países "está ligada, além disso, com outros delitos, como tráfico de seres humanos, armas e drogas". A Colômbia lançou uma Campanha Nacional de Luta contra o Tráfico Ilícito de Bens Culturais, onde estão inseridos o ministério de Cultura e o ICANH, além de 11 entidades públicas e privadas. A idéia é restringir a entrada, nos EUA, de bens arqueológicos de culturas como a Tairona e a Sinú que datam aproximadamente dos anos 1500 AC a 1530 DC, e restringir também a entrada de bens etnológicos religiosos da época colonial (1530 a 1830) como pinturas, esculturas, objetos de culto, mobília, têxteis, documentos e livros serão protegidos. Karen P. Hughes foi acompanhada pelo embaixador americano em Bogotá, William Wood, e antes de assinar o memorando, se reuniu com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, na casa de Nariño, sede do Executivo.

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