Estreia hoje nos cinemas 'Verônica', com Andréa Beltrão

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Por AE
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A trama soa familiar - cansada dos alunos, professora é obrigada a cuidar de um deles, depois que traficantes assassinaram os pais do garoto. Pior: ela precisa fugir, pois os bandidos querem um pen drive com arquivos comprometedores que ficou com o menino. Quem se lembrou de Glória, de John Cassavetes, não se enganou. ?Mas também não errou quem pensou em Central do Brasil, O Garoto ou O Profissional?, comenta o cineasta Maurício Farias. ?Todos têm uma semelhança no tema com o nosso filme, ou seja, o descontrole da vida.? Farias é o diretor de Verônica, que estreia nacionalmente hoje com grandes chances de se tornar um grande sucesso graças à química perfeita entre enredo e elenco. Ele e o roteirista Bernardo Guilherme pretendiam contar a história de uma heroína popular. E, a julgar pela qualidade do ensino público no Brasil, não tiveram dificuldade em eleger uma professora de classe média baixa. ?São elas que ajudam o País a tentar manter sua integridade, daí sua condição de heroínas?, disse o diretor, interessado também em outro drama social, os órfãos do tráfico. A atriz Andréa Beltrão interpreta a protagonista. Versátil, ela utiliza seus infinitos recursos artísticos para migrar com facilidade do drama para a comédia, o que a torna o eixo principal de Verônica. ?Eu me senti muito à vontade no papel, pois sou filha de professora, além de ter estudado em escola pública?, conta Andréa que, por conta desse background, não precisou passar por nenhum período de adaptação em uma escola para melhor compor o papel. ?Como Verônica, eu procurei passar as mesmas alegrias e frustrações que via em minha mãe.? Marco Ricca vive o policial Paulo, cuja ambiguidade de seu personagem é essencial para o mistério da história. ?Ele é namorado da professora e aparentemente quer ajudá-la a escapar dos traficantes. O problema é que o pen drive que o menino carrega também compromete a polícia?, diz o ator. Verônica chega hoje aos cinemas depois de uma série de avaliações e modificações. Maurício Farias conta que acompanhou a projeção do longa com diversas plateias, fazendo pesquisas que orientassem alguns possíveis ajustes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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