Estreia hoje nos cinemas o documentário 'Elevado 3.5'

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Por AE
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Todos os dias, milhares de automóveis circulam pelos 3,5 quilômetros do Elevado Costa e Silva, o controverso ''monumento'' ao urbanismo desenfreado que ditou a maneira como a capital paulistana se formou.Visto de cima, o Minhocão parece de fato embrenhar-se pela chamada Selva de Pedra. Visto de baixo, parece exibir as entranhas de um bicho urbano caótico e desumano. E visto da varanda? Da janela de quem sabe que o caos urbano não só mora, mas passa literalmente ao lado?São essas as visões que o documentário "Elevado 3.5" revela ao longo de seus 72 minutos. O filme, vencedor do festival É Tudo Verdade 2007, chega ao cinema em época mais que oportuna, um mês após ser decretado pelo prefeito Gilberto Kassab que o Minhocão deve ser demolido - o que, segundo previsões, só ocorrerá dentro de 15 anos.O decreto fez ressurgir uma discussão que teve início antes mesmo de sua construção nos anos 70. Lugar do Minhocão é embaixo da terra? Ou é possível apresentar soluções que o humanizem e contribuam para a revitalização da qualidade de vida da cidade, sem que para isso seja preciso enterrar um elevado? A população, tanto a que passa por ele quanto a que convive, é a favor?Vale lembrar que nenhum dos diretores do filme - além de Maíra, João Sodré, Paulo Pastorelo - é cineasta de formação. Ela é antropóloga. Eles, arquitetos. "Nosso histórico contribuiu para que nossa filmagem fosse calcada em uma pesquisa muito bem embasada. Além de termos convivido com o local - tínhamos um escritório na Santa Cecília -, nosso olhar se voltou sempre para o fator humano e não somente para o caráter arquitetônico da questão", comenta Sodré.Foi esse fator humano que deu cara e uso novo a esse mal controversamente necessário. São pessoas ?comuns? de várias origens e moradores de prédios vizinhos que ganham voz e rosto em "Elevado 3.5". Pessoas que dividem seu dia a dia e humanizam o Elevado de diferentes formas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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