
29 de junho de 2009 | 10h33
Uma parte do texto foi escrita por Alexandre Dal Farra, diretor do Tablado, e outra, por Tine Rahel Völcker, do Maxim Gorki. A iniciativa tem apoio do Instituto Goethe. O convite para a montagem conjunta foi feita a Dal Farra por Tine. Ela esteve em São Paulo em 2007 e conheceu seu trabalho com o Tablado a partir da peça "A Rua É Um Rio", encenada em ruas e praças da cidade. ?Ela adorou o pouco que entendeu do português?, lembra Dal Farra.
Em 2008, Köhler, Tine e cinco alemães (três atores, a figurinista e o cenógrafo) passaram cinco semanas em São Paulo, já com os textos alinhavados. No fim de maio, os seis atores do Tablado foram à capital alemã, onde a peça estreia já com ingressos esgotados (a São Paulo deve chegar em 2010). A questão do idioma durante o processo de elaboração da peça não foi trivial: entre o diretor brasileiro, Köhler e Tine, usa-se o alemão; na sala de ensaios, confusão geral, já que os alemães falam sua língua entre si e os brasileiros, português.
?É interessante a tentativa de diálogo. As dificuldades são interessantes?, diz Dal Farra. A Medeia é vivida pela atriz brasileira Alexandra Tavares, que só fala português. Então a saída para que os espectadores alemães compreendam as cenas foi criar um artifício usando outro ator, Clayton Mariano, que faz seu filho e tenta traduzir o que ela diz como parte da encenação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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