Estreia amanhã espetáculo que retrata autismo no Sesc

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Por AE
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Para mexer com a percepção da plateia, "A Máquina de Abraçar", espetáculo que estreia amanhã, transforma o espectador num participante de uma conferência sobre autismo. O espaço cênico, montado no Sesc Pompeia, em São Paulo, conta com cadeiras giratórias, estrategicamente posicionadas. A área da plateia foi montada entre dois palcos, um de frente para o outro e ligados por uma passarela. Com suas cadeiras, o público pode escolher para onde olhar, acompanhando o movimento das atrizes.Com direção de Malu Galli, o texto inédito, do espanhol José Sanchis Sinisterra, escrito em 2002, começa com a terapeuta Miriam apresentando os avanços que tem conseguido com Íris, que é autista. Em cena, as atrizes Mariana Lima e Marina Vianna interpretam paciente e terapeuta, respectivamente. Graças aos métodos não convencionais da médica, a moça consegue vencer o silêncio e a imobilidade. Aos poucos, a situação começa a sair do controle da terapeuta.Para a diretora Malu Galli, a peça parte do autismo para falar sobre a condição humana. "A obra discute a dificuldade que todos temos de sair de nós mesmos", diz. No decorrer da montagem, o texto abandona o realismo inicial e revela a relação simbiótica entre as mulheres. "Vai ficando mais poético. Elas se fundem e vão trocando de função. No fim, não se sabe quem tem poder sobre quem", explica.Além do palco especial, "A Máquina de Abraçar" oferece uma exposição de vídeos, instalações e esculturas. O objetivo é utilizar outras linguagens para surpreender quem for assistir ao espetáculo. São trabalhos de artistas contemporâneos, como Chelpa Ferro, Eduardo Coimbra, Caetano Gotardo, Rodrigo Marçal e Nino Cais, sob curadoria de Raul Mourão. As informações são do Jornal da Tarde.A Máquina de Abraçar - Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93). Tel. (011) 3871-7700. Estreia: amanhã, às 21h30. De quinta a sábado, às 21h30. Domingos e feriados, às 20h. Até 6/6. 88 lugares. 80 min. Ingressos: R$ 16. 16 anos.

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