A coleção das pesquisas de Mário de Andrade, que fica no Centro Cultural São Paulo, já foi transferida para o Pavilhão das Culturas Brasileiras?
O Pavilhão ainda não está criado formalmente. Quando for criado, ele vai levar a coleção do Mário de Andrade. O decreto existe, mas ainda não saiu.
Como funciona esse processo?
Nós estamos anunciando o Pavilhão, não estamos inaugurando-o ainda. Estamos inaugurando uma exposição, Puras Misturas, que anuncia seu projeto e seu conceito original. Ele ainda vai demorar porque até conseguir reformar aquele prédio enorme, vai ser no mínimo um ano e meio.
Como vai ser a reforma?
Tem que trocar telhado, os caixilhos, eliminar as barbaridades feitas com as caixas d"água. O prédio foi muito modificado. Tem que mexer na infraestrutura, além da adaptação para a nova função. Se a obra começar no fim deste ano, como desejo, o pavilhão ficará pronto no primeiro semestre de 2012. Estou pedindo um terço do dinheiro para a Prefeitura, um terço para o Estado e um terço para o BNDES. Já que é um acervo nacional, em um prédio tombado nacionalmente, acho que é justo que as despesas sejam divididas nos três níveis.
Como será o orçamento do novo museu?
Ele passa a ter orçamento assim que for inaugurado. Por enquanto, fizemos investimentos da secretaria, do departamento do patrimônio histórico, já que o acervo é histórico.
E a aquisição de obras, que já está ocorrendo?
Saiu de verba de vereadores, do vereador Gabriel Chalita, que cedeu cerca de R$ 390 mil. A necessidade de comprar acervo é completar lacunas, contemporâneas e não contemporâneas.
Em sua gestão, este é o único projeto novo na área de museus?
É o único, até porque nosso papel nessa área é pequeno. O Estado tem uma grande proeminência nisso.
