Espaço aberto para pesquisas em Solos, Duos e Trios

Começa nesta quarta-feira temporada que tem como proposta abrir espaço para os bailarinos e coreógrafos apresentarem seus trabalhos experimentais

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Por Agencia Estado
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O Centro Cultural São Paulo é um dos pontos de encontro da dança contemporânea da cidade que, com uma agenda animada, garante espetáculos durante todo o ano. Para comprovar a tese, começa nesta quarta-feira, 14, a temporada do Solos, Duos e Trios, que tem como proposta abrir espaço para os bailarinos e coreógrafos apresentarem trabalhos experimentais e pesquisas em andamento. Os espetáculos têm entrada franca e ficarão em cartaz até o dia 6 de maio. A estréia do trio Tempo Branco marca a abertura da programação. Tanto a concepção coreográfica como a interpretação ficaram por conta das intérpretes Adriana Coldebella, Beatriz Sano e Larissa Ballarotti. A obra é baseada na expressividade do movimento e na criação de imagens poéticas para os espectadores. A criação coreográfica teve orientação da experiente Angela Nolf, professora da Faculdade de Dança da Unicamp. Nesta noite, Thiago Arruda Leite apresenta o solo Arruda, com apenas 20 minutos de duração. Uma série de improvisos a partir de uma colagem musical. Do dia 25 até o fim do Solos, Duos e Trios, a Companhia Repentistas do Corpo apresenta o espetáculo Lado B. Em cena, Sérgio Rocha e Cláudia Christ investigam o universo das músicas populares, vulgarmente conhecidas como canções bregas. "Nossa intenção não é discutir qualidade ou mesmo fazer juízo de valor, a idéia é resgatar a história desse universo musical no Brasil. Pesquisamos os boleros dos anos 40 até chegar às letras exageradamente românticas com a temática marcada pela dor-de-cotovelo dos cantores atuais", explica Rocha. Para a pesquisa, a companhia também se baseou na leitura do livro Eu não Sou Cachorro não, de Paulo César Araújo, que resgata, por meio de documentos e entrevistas, a história dos cantores cafonas dos anos 70, artistas perseguidos pela censura e até mesmo exilados. Para compor Lado B, a companhia convidou dois coreógrafos para participar do projeto: Jorge Garcia e Cláudia de Souza. Cada um com seu estilo se apropriou do tema para criar a própria coreografia. O resultado é o três em um: Lado B é composto por três momento distintos: Traje Imperial, Retrô-Sexy e Sem Você, Nós Dois não Somos Ninguém. "Eles tiveram total liberdade para criar. A trilha sonora é composta por uma colagem musical e cada coreógrafo também assina o próprio cenário e figurino." Entre uma coreografia e outra, durante a troca de cenários, e para manter o clima, um tecladista tocará ao vivo canções relacionadas a Lado B. Outro aspecto importante está na criação coreográfica que mescla dança contemporânea, percussão corporal e teatro. Solos, Duos e Trios. Centro Cultural São Paulo - Sala Paulo Emilio Salles Gomes (110 lug.). R. Vergueiro, 1.000, Paraíso, 3277-3611. 4.ª a sáb., 21 h; dom., 20 h. Grátis. Até 6/5

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