A casa de leilões Sotheby's vendeu na quarta-feira uma pequena escultura da antiguidade mesopotâmica por 57 milhões de dólares, um valor recorde para qualquer escultura ou antiguidade vendida em leilão. A Leoa de Guennol é uma figura de calcário de 8,3 centímetros de altura esculpida há 5.000 anos na Mesopotâmia, a região que é o berço da civilização, situada entre os rios Tigre e Eufrates nos atuais Iraque e Irã. A escultura é considerada uma das últimas obras-primas dessa era em mãos de particulares. A identidade do comprador não foi revelada. De acordo com a Sotheby's, o preço de 57,16 milhões de dólares ultrapassou de longe o recorde anterior para esculturas vendidas em leilão: 29,16 milhões de dólares por "Tete de femme (Dora Maar)", de Pablo Picasso, em novembro. O recorde anterior para uma antiguidade era de 28,6 milhões de dólares pagos em junho por um bronze romano de 2.000 anos de idade. A Leoa de Guennol foi posta à venda por uma fundação criada pelos colecionadores Alastair Bradley Martin e sua mulher, Edith, que a adquiriram em 1948. A Sotheby's disse que os lucros da venda serão revertidos para uma fundação de caridade. "O comprador terá a distinção de possuir uma das mais antigas, raras e belas obras de arte do mundo antigo", disse Richard Keresey, diretor do departamento de antiguidades da Sotheby's, em comunicado divulgado antes do leilão.