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Escritora indiana Kiran Desai ganha prêmio Man Booker

Com o romance "The Inheritance of Loss" ela ganhou o prêmio de literatura de maior prestígio do Reino Unido

Por Agencia Estado
Atualização:

A escritora indiana Kiran Desai ganhou o Man Booker, o prêmio de literatura de maior prestígio do Reino Unido, por causa de seu romance "The Inheritance of Loss", um relato sobre a vida de um juiz que vê sua agradável aposentadoria no Himalaia ser alterada. Aos 35 anos, Desai é a mulher mais jovem a conquistar este famoso prêmio, criado em 1969. Ela receberá 50.000 libras (74.000 euros) e garantiu uma ampla distribuição de sua obra em todo o mundo. Desai viu virar realidade o sonho de sua mãe, a também escritora Anita Desai, que concorreu ao Booker em três oportunidades, mas que nunca levou o troféu. Ao receber o prêmio, Desai expressou sua gratidão a seus pais, especialmente a sua mãe. "Tenho uma dívida tão grande e profunda com minha mãe que este livro é tão seu como meu. Foi escrito com sua companhia e amabilidade", declarou. O júri do concurso afirmou que "The Inheritance of Loss", segundo livro da escritora indiana, é um "magnífico romance" que goteja "sabedoria humana, ternura cômica e uma poderosa agudeza política". A favorita era a escritora galesa Sarah Waters O livro narra as vicissitudes de um juiz indiano educado na universidade inglesa de Cambridge que desfruta de uma aprazível temporada na Índia, no nordeste do Himalaia, até que sua neta órfã decide ir viver com ele. A tranqüilidade do magistrado termina de acabar com a visita do filho de seu cozinheiro, que tenta sobreviver como imigrante ilegal em Nova York. Nascida em Índia, mas educada na Inglaterra e nos Estados Unidos, Kiran Desai venceu a escritora galesa Sarah Waters, que era considerada a grande favorita segundo as casas de apostas britânicas. Waters concorria ao prêmio com o romance "The Night Watch", uma história ambientada no pós-guerra dos anos 40 em Londres e protagonizada por três lésbicas. Os outros quatro candidatos que disputaram o troféu foram: Kate Grenville, por "The secret river"; M.J. Hylan, por "Carry me down"; Hisham Matar, por "In the Country of Men"; e Edward St Aubyn, por "Mother´s milk". A lista de seis finalistas desta edição se caracterizou pela ausência de nomes famosos. Ficaram de fora "pesos pesados" como Peter Carey, um dos melhores escritores australianos contemporâneos. A presidente do júri, Hermione Lee, afirmou que os seis romances finalistas tinham "uma voz original e diferente", "uma imaginação audaz" e "uma veracidade histórica". O vencedor de 2005 foi o irlandês John Banville, com o livro "The Seja".

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