PUBLICIDADE

Escritor John Grisham pede desculpa por comentários sobre pornografia infantil

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O autor norte-americano John Grisham pediu desculpas nesta quinta-feira por comentários que ele fez a um jornal britânico quando disse que nem todos os homens que olham para pornografia infantil devem ser enviados para a prisão e que as sentenças para esse tipo de crime eram duras demais. Grisham, que está prestes a publicar outro thriller, fez os comentários para o Daily Telegraph enquanto discutia, em uma ampla crítica, o sistema judicial dos Estados Unidos e as suas altas taxas de prisão. Partes da entrevista estavam disponíveis em vídeo no portal do Telegraph na quinta e o material completo vai ser publicado no sábado, disse o jornal. Grisham também divulgou um pedido de desculpas em seu próprio website: "Qualquer um que machuca uma criança por prazer ou por lucro, ou que de qualquer maneira faz parte da pornografia infantil - online ou de qualquer outra forma - deve ser punido conforme dita a lei", ele disse. Na entrevista publicada, Grisham define uma distinção entre quem vê pornografia infantil e os pedófilos que fisicamente abusam de crianças. "Há tantos 'criminosos sexuais' - é assim que são chamados - que eles são colocados na mesma prisão. Como se eles fossem um bando de pervertidos ou algo assim - milhares deles", disse. "Nós ficamos malucos com o encarceramento." Grisham, que vendeu mais de 250 milhões de livros desde a publicação de "A Time to Kill" (Tempo de Matar) em 1988, afirma em outro momento: "Temos prisões cheias de homens da minha idade, homens brancos de 60 anos que nunca machucaram ninguém, que nunca tocaram uma criança... Mas eles foram online em uma noite e começaram a navegar, provavelmente beberam demais ou qualquer coisa assim, apertaram os botões errados, foram longe demais e acabaram dentro de pornografia infantil". (Reportagem de Michael Holden em Londres e Eric Kelsey em Los Angeles)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.