07 de abril de 2010 | 00h00
Judeu nascido na Bavária, ele foi preso pelo regime nazista e levado para o campo de concentração de Dachau. Liberado, fugiu para Nova York, alistou-se no Exército dos Estados Unidos, ganhou cidadania americana e foi lutar contra os soldados de Hitler na Europa. Foi lá que conheceu Salinger, em março de 1944. Kleeman servia como intérprete e o escritor, como membro da inteligência militar.
Nas cartas ao amigo de trincheira, Salinger escrevia à máquina e assinava à mão com seu apelido, Jerry. Na primeira, enviada em abril de 1945, usou apenas "Germany" (Alemanha) como endereço do remetente; na maioria das outras, essa identificação era "Windsor, Vt.", cidadezinha de Vermont em que ficava o correio usado então pelos moradores de Cornish, onde o escritor viveu por mais de 50 anos.
Assim como nas cartas para Mitchell, Salinger escrevia para Kleeman sobre todo assunto que amigo trata com amigo, do crescimento dos filhos, do suicídio de Hemingway (na guerra, os dois tiveram encontro regado a champanhe com o escritor) ou do filhote de husky que criava. / T.C.
Encontrou algum erro? Entre em contato