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"Escrava Isaura" leva Record ao segundo lugar

Na estréia, a novela teve média de 12 pontos de audiência segundo o Ibope, levando a Record a ficar atrás apenas da Globo

Por Agencia Estado
Atualização:

Desta vez a Record acertou a mão. Depois do fiasco da novela Metamorphoses, a emissora apostou suas fichas no remake de A Escrava Isaura, novela que fez sucesso em 1976 na Globo com Lucélia Santos e Rubens de Falco no elenco. E deu certo. Na segunda-feira, dia da estréia, o folhetim teve média de 12 pontos de audiência segundo o Ibope, levando a Record para o segundo lugar da audiência, atrás apenas da Globo, que exibiu a segunda edição do SPTV e a novela Começar de Novo, no horário. Ontem, a novela repetiu o feito, continuando em segundo lugar, com média de 13 pontos de audiência, segundo a assessoria de imprensa da Record. A nova versão do folhetim é dirigida por Herval Rossano, o mesmo diretor da versão da Globo, exibida entre 1976 e 1977. Mas a nova produção promete ir além: consegue aliar os elementos que deram certo na produção da Globo aos recursos técnicos de que se dispõe hoje. Quanto aos elementos que valem a pena ver de novo, francamente, seria um desperdício esquecer as gravuras de Debret na abertura e a célebre Retirantes (Lerê-lerê, lerê lerê lerê...), música de Dorival Caymmi, com letra de Jorge Amado, que virou um hino evocado até hoje para simbolizar, ironicamente, o excesso de trabalho dessa gente brasileira, branca ou negra. Composta originalmente para a adaptação de Terras do Sem Fim para o teatro em 1946, a canção, originalmente batizada como Canto de Trabalho, não chega a embalar a abertura da atual Escrava, mas já domina os fundos musicais das cenas. Adaptada por Gilberto Braga em 76, a Escrava atual tem Thiago Santiago e Anamaria Nunes assinando o roteiro. E, a julgar pelo primeiro capítulo, o texto é redondinho, como se diz no jargão dramatúrgico, com diálogos plausíveis. O elenco também não faz feio. Rubens de Falco, eternamente visto como Leôncio, mudou de nome - agora é o comendador Almeida, pai de Leôncio - mas o papel é idêntico. Com boa atuação, Leopoldo Pachedo, o Leôncio da vez, promete fazer jus à genética. A pergunta que fica é se Bianca Rinaldi vai conseguir superar a performance de Lucélia Santos.

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