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Escândalo atinge apresentadora da Rede TV!

A apresentadora Adriana Barros está envolvida em escândalo relacionado a "viagens de prazer", com executivo da Volkswagen

Por Agencia Estado
Atualização:

A apresentadora de televisão brasileira Adriana Barros, da Rede TV!, está envolvida no escândalo relacionado a "viagens de prazer" feitas por diretores e líderes sindicais da Volkswagen (VW) às custas da firma. A revista Stern publica nesta semana que Adriana manteve uma relação amorosa durante sete anos com o ex-chefe do comitê de empresa da VW, Klaus Volkert, que foi demitido há alguns meses depois que se descobriu que ele e outros diretores gastaram milhões de euros da empresa em viagens, prostitutas e presentes para mulheres com as quais mantinham relações. Quem faz essas afirmações na entrevista à revista é Klaus-Joachim Gebauer, que trabalhou durante 32 anos para Volkswagen e se ocupou, nos últimos tempos, de organizar os contatos entre a direção da VW e o comitê de empresa. Gebauer assegura que Barros viajou três vezes à Alemanha, além de outros destinos como Praga, Paris, Barcelona, Lisboa, África do Sul, Uruguai, Brasil e Índia, com as passagens pagas por uma conta bancária em seu nome. Gebauer, depois, pedia reembolso à Volkswagen. As reuniões nessas capitais habitualmente mantinham o mesmo padrão. Segundo ele, um pequeno grupo de executivos se concentrava em um hotel de luxo para reuniões de trabalho, e Barros chegava mais tarde, em um vôo de primeira classe. Durante o dia, a apresentadora brasileira fazia turismo com sua câmera fotográfica ou era acompanhada por Gebauer, que dava entre 10.000 e 15.000 euros a Volkert para cobrir as despesas com a estadia e os presentes dela. Gebauer também explica que Adriana aproveitava seus encontros com Volkert para fazer viagens a outros destinos europeus, como Turquia, Chipre e Londres, algo que também era financiado pela VW. Além disso, a brasileira dispunha de uma conta na Caixa Econômica de Gifhorn-Wolfsburg, perto da central da Volkswagen, na qual, entre outubro de 2003 e o fim de 2004, entraram a cada trimestre 23.008 euros procedentes da VW, sempre segundo a revista Stern. Segundo Gebauer, Adriana Barros só entregou uma fatura oficial a Volkert. Por causa deste escândalo, Gebauer foi demitido junto com o diretor da filial tcheca Skoda, Helmut Schuster, também implicado, enquanto Peter Hartz, chefe de recursos humanos da VW e íntimo colaborador do chanceler alemão, Gerhard Schröder, renunciou ao cargo ao tomar conhecimento das dimensões do caso. Curiosamente, no site de Adriana Barros destaca-se o logo da Volkswagen, junto com o de outras empresas patrocinadoras, além de seu atual nome artístico Adryanna Barros. Gebauer sustenta que também procurou prostitutas para Hartz e outros funcionários da VW, entre eles um atual deputado do Partido Social-Democrata Alemão no Bundestag (Câmara Baixa), tudo faturando nas despesas da maior empresa européia de automoção. A justiça alemã investiga agora essas acusações e solicitou informação por escrito à cúpula da Volkswagen.

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