Erland Josephson morre aos 88 anos

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Por AE
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Neto do pintor Ernest Josephson - um gênio da pintura que enlouqueceu por causa da sífilis e achava que era Deus e Cristo -, Erland Josephson nasceu em Estocolmo, em 1923. Ele viveu toda a sua vida na Suécia, e na capital, onde morreu no domingo, aos 88 anos. A notícia de sua morte vazou na internet justamente quando outro sueco ilustre, e idoso, Max Von Sydow, estava no tapete vermelho do Oscar, indicado para o prêmio de melhor coadjuvante, por Tão Forte e Tão Perto. Von Sydow e Josephson foram atores de Ingmar Bergman, os preferidos do grande diretor.Cada um marcou uma fase. Von Sydow estrelou os filmes dos anos 1950 e 60, A Fonte da Donzela, O Sétimo Selo, Morangos Silvestres, O Rosto, Através de Um Espelho, A Hora do Lobo, Vergonha, Paixão de Ana, A Hora do Amor. Josephson se tornou mais frequente na obra de Bergman depois disso. Fez uma não menos impressionante sucessão de clássicos bergmanianos - compartilhou a cena de A Hora do Lobo, A Paixão de Ana e A Hora do Amor, se tornou cada vez mais imprescindível em Gritos e Sussurros, Cenas de Um Casamento, A Flauta Mágica, Face a Face, Sonata de Outono, Fanny e Alexander, Na Presença de Um Palhaço, Sarabanda.Após a morte de Bergman, em 2007, Josephson em entrevista a um jornal sueco, explicando como se sentia. "Era muito apegado a ele. Tivemos uma vida divertida, emocionante e interessante. Ele foi decisivo na minha carreira de ator." Foi mais ou menos o que Von Sydow também disse à reportagem durante a Berlinale, ao ser entrevistado por Tão Forte e Tão Perto, o longa de Stephen Daldry que o levou ao Oscar (mas outro velhinho, Christopher Plummer, ganhou a estatueta da categoria). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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