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'Entrelinhas' volta à tela da Cultura

Literatura é primeiro alvo do novo diretor-presidente da casa, Marcos Mendonça, escolhido ontem com 35 votos

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Por Redação
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O Entrelinhas, programa semanal dedicado à literatura e incorporado ao Metrópolis como quadro há pouco mais de um ano, voltará a ser um título solo, com vaga própria na grade da TV Cultura, ainda em 2013. Esta é a primeira mudança de conteúdo prometida pelo novo diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta (FPA), Marcos Mendonça, que conversou com o Estado ontem, já eleito ao posto a ser deixado por João Sayad em 14 de junho.Candidato único, com histórico político ligado ao governador Geraldo Alckmin e uma passagem pela presidência da FPA (de 2004 a 2007), Mendonça teve sua eleição ratificada por 35 dos 43 conselheiros presentes à eleição, na manhã de ontem, na sede da FPA - quatro membros faltaram, seis votaram em branco e dois anularam os votos. Por unanimidade, o advogado Belisário do Santos Jr. foi reeleito ao cargo de presidente do Conselho e novamente renunciou à remuneração do posto, prevista em estatuto. Jorge da Cunha Lima foi eleito vice-presidente do Conselho e Gabriel Jorge Ferreira, secretário da mesa do Conselho Curador. Durante a sessão, houve ainda a posse de três novos conselheiros - José Tadeu Jorge (reitor da Unicamp) e dos deputados estaduais Célia Leão (PSDB) e Adriano Diogo (PT). Ainda sob as asas da FPA, estão as rádios Cultura AM e Cultura FM, o canal pago TV Rá-Tim-Bum e os canais Univesp TV e Multicultura, que funcionam no espectro da TV digital em sinal aberto. "Pretendo ampliar o Univesp (canal dedicado a cursos universitários virtuais e semivirtuais) e usar melhor o Multicultura para a educação básica e média", afirmou. "É algo que pode ajudar professores, pais e alunos. Imagina-se que em dois anos o acesso à TV digital seja universal", completa.A questão do sinal digital ocupa espaço prioritário no planejamento de Mendonça. Segundo ele, boa parte das antenas retransmissoras da Cultura atinge um raio defasado, pois foi instalada nos anos 80 e atendia a populações bem menores. Agora, com a necessidade de se adequar ao sinal digital em dois anos - prazo estabelecido pelo governo federal para desativar o sinal analógico -, Mendonça buscará "parcerias" com emissoras locais, para "reduzir os custos" da operação.Também já conversou com Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc, sobre a possibilidade de a Cultura exibir produções da Sesc TV, como uma agenda de música instrumental que ocupa o Sesc da Avenida Paulista nas noites de sábado. E quer ampliar a troca de programas com a TV Brasil.Gringos. Sobre a vontade de reduzir o número de produções estrangeiras na TV Cultura, Mendonça ressalta que não jogará fora o que já foi adquirido - "ao contrário". "Existe uma série de produtos estrangeiros da melhor qualidade", diz, ao ser questionado se tiraria do ar a série Mad Men, que ampliou em 24,5% o tempo médio do espectador sintonizado na Cultura no horário. Outra ideia seria eliminar a sessão legendada da Mostra de Cinema Internacional e manter apenas a dublada, mais acessível às classes C e D. Hoje, as sessões legendadas, no entanto, têm média de 1,1 ponto, 10% a mais que as dubladas. / CRISTINA PADIGLIONE

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