
26 de janeiro de 2011 | 00h00
Também mostra que as produções acadêmicas da Inglaterra, faladas com puro acento british, exercem fascínio permanente sobre os votantes da Academia. Em termos de indicações, A Rede Social, que arrebentou no Globo de Ouro, sai um pouco atrás: fica com oito, junto com A Origem, de Christopher Nolan. Detalhe: Nolan não está indicado entre os diretores, o que limita as possibilidades do filme.
Tanto A Origem como A Rede Social perdem, de saída, para um remake, a nova versão de Bravura Indômita, que ficou com dez indicações, inclusive de ator (Jeff Bridges) e diretor (os irmãos Coen). Os Coen ganham de novo, depois de Onde os Fracos Não Têm Vez? Difícil. Há outros que correm por fora, como o supervalorizado Cisne Negro, o melodrama Minhas Mães e Meu Pai, ou até o desenho animado Toy Story 3, para muitos o melhor filme do ano. Em sua lista de preferidos, Quentin Tarantino cravou Toy Story em primeiro lugar. Não seria um prêmio despropositado. E o fato é que as zebras se tornaram cada vez mais possíveis com a decisão da Academia de indicar dez concorrentes ao melhor filme do ano.
Dentro dessa margem de incerteza, talvez a Academia tenha de se decidir por um drama histórico com superação pessoal (O Drama do Rei) e o registro um tanto verborrágico da assustadora alienação contemporânea (A Rede Social). O que sensibilizará mais os votantes? O tema atual ou a evocação histórica?
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