A Prefeitura de São Paulo espera concluir nos próximos 30 dias uma sindicância aberta esta semana para apurar suspeitas de sabotagem em produções em cartaz no Teatro Municipal. Em agosto, durante uma apresentação da ópera Aida, de Verdi, o elevador do palco parou de funcionar; e, no domingo, um problema na mesa de luz levou à interrupção momentânea de uma récita de Don Giovanni, de Mozart.A abertura da sindicância foi noticiada ontem pela coluna Direto da Fonte. O pedido foi feito pelo presidente da Fundação Teatro Municipal, José Luiz Herencia, após a apresentação de domingo - ele já havia registrado ocorrência policial em agosto, por conta do incidente na ópera Aida. Segundo a Prefeitura, partiu da polícia a associação entre os dois episódios. "O que houve foi o registro de dois incidentes, com a suspeita de sabotagem. E o Herencia pediu uma sindicância para apurar eventual participação de funcionários", explicou ontem Nunzio Briguglio Filho, secretário de Comunicação da Prefeitura, em entrevista ao Estado. "Não podemos prejulgar. Esse é um papel que cabe apenas à Controladoria municipal. Ela vai ouvir as pessoas e apurar os fatos. Há, paralelamente, um inquérito policial andando, e a polícia associou o evento de domingo ao que houve em agosto, na Aida."