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Encontro de arte e carnaval é tema de exposição

Por Agencia Estado
Atualização:

O carnaval e as artes plásticas nunca tiveram grande interação, embora o visual seja um dos pontos fortes da festa. Para diminuir essa distância, o diretor do Instituto Goethe do Rio e curador da Bienal de São Paulo, Alfons Hug, convidou 12 artistas plásticos de várias nacionalidades para criarem sobre o tema. O resultado é a mostra Carnaval, com videoinstalações, fotos e desenhos, que começa hoje no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio. Hug conta que a idéia da exposição veio com a percepção do interesse de artistas contemporâneos pelo tema. "Quis ver como eles lidam com a cultura popular, transferindo-a para a linguagem contemporânea, já que a abstração nesta é bem maior que naquela." Sua curadoria preocupou-se em encampar visões diferentes, embora tenha havido uma predominância do vídeo. Os artistas receberam a encomenda pouco antes do carnaval passado e liberdade total para explorar o tema. Entre os artistas brasileiros, há o cineasta Karim Aïnouz( de Madame Satã), que produziu uma videoinstalação com imagens do carnaval de Olinda. Além dele, Maurício Dias apresenta uma trabalho em parceria com o suíço Walter Riedweg. Roberto Cabot, brasileiro radicado em Colônia, na Alemanha, joga com espelhos para criar uma multi-imagem da festa. E um misterioso artista brasileiro que mora em Nova York, chamado apenas de Assume Vivid, fez um enorme desenho psicodélico que ficará sobre o chão da rotunda do prédio do CCBB. Além deles, há artistas alemães e americanos na exposição. "Foi coincidência todas as videoinstalações trazerem o espectador para dentro do carnaval", diz Hug. Como estudioso do assunto, ele identifica uma expansão do carnaval. "É uma festa de origem católica que começa a ocorrer em cidades de tradição protestante, como Nova York, Berlim, Londres e Roterdã."

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