Empresa resgata saga dos bandeirantes paulistas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Empresa Bandeirante de Energia (EBE) está distribuindo a clientes preferenciais, casas de cultura e autoridades um CD que resgata a saga dos bandeirantes paulistas, responsáveis pela expansão do território nacional para além dos limites do Tratado de Tordesilhas. O documentário foi elaborado com apoio da Fundação do Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo. A EBE bancou a confecção das três mil unidades. Segundo o diretor-presidente da empresa, Júlio de Barros, além de comemorar o segundo ano do contrato de concessão para a distribuição de energia em 55 municípios do Estado, a iniciativa visa resgatar a trajetória daqueles pioneiros. Parte da área atendida pela EBE em São Paulo inclui cidades historicamente ligadas ao bandeirantismo, como Porto Feliz, Itu e Sorocaba. O CD registra também um pouco da história da empresa. As bandeiras eram expedições terrestres que partiam inicialmente de São Vicente e depois de São Paulo, ao longo do século 17 e início do século 18, e tinham por objetivo o aprisionamento de índios para trabalho escravo na lavoura e exploração de minérios. O nome deriva do costume tupiniquim de levantar uma bandeira como declaração de guerra e como referência a expedições militares importantes. Eram financiadas pelos próprios organizadores, assim como as monções, expedições fluviais que foram dominantes no século 18 e partiam de Porto Feliz rumo a Cuiabá. Nas expedições, o capitão-mor detinha poder de vida e morte sobre seus liderados - centenas de brancos e mamelucos e milhares de índios domesticados ou escravos. O documentário revela que, nesse período, São Paulo era mais pobre que o Nordeste açucareiro e um índio custava um quinto do preço de um africano. Além do texto, há imagens históricas de desenhos, mapas e pinturas de Debret, Hércules Florence, Benedito Calixto e Almeida Júnior, entre outros, retratando roteiros, partidas e cenas das bandeiras e monções.

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