Emissoras cortam gastos para 2002

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Por Agencia Estado
Atualização:

O clima de incerteza que cerca as perspectivas de faturamento das TVs em 2002 fizeram as emissoras apertarem o cinto antecipadamente. Pela primeira vez, os diretores das redes traçaram um planejamento de gastos mais enxuto para o ano seguinte, pois não têm noção do que irá acontecer com a economia brasileira. Os mais otimistas acreditam que a realização da Copa do Mundo, as eleições e o crescimento do agrobusiness devem fazer com que em 2002 a economia do País comece dar sinais de recuperação. A aprovação da entrada do capital estrangeiro nos veículos de comunicação também parece acenar como uma boa notícia para engordar o faturamento das redes. Se isso acontecer, os mesmos otimistas apostam que os investimentos publicitários em TV podem crescer de 2% a 5% em 2002. Tal crescimento parece pequeno, mas é muito se comparado aos números alcançados em 2001. A maioria das emissoras amargou uma grande retração publicitária neste ano, tendo de rever seus investimentos e de enxugar gastos na produção de atrações. Só na Globo, o faturamento com publicidade no primeiro semestre caiu cerca de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. No mercado em geral, a queda de anúncios em relação a 2000 foi de 8% no primeiro trimestre, mas 8% no segundo trimestre. Os vilões, na maioria dos casos, foram a alta dólar, a crise na Argentina, a quebra das empresas ponto.com, os atentados terroristas nos Estados Unidos, entre outros. Com tantas surpresas ruins em um único ano, fica difícil não acreditar que 2002 será melhor. Pelo menos é isso que as TVs esperam.

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