01 de janeiro de 2011 | 00h00
A produção é assinada por Big Boi, do Outkast e, nos melhores momentos, remete às fases áureas de Stevie Wonder e Michael Jackson sem se entregar demasiadamente à nostalgia.
Trata-se de um dos melhores discos de um ano prenhe de música boa, cujos pontos altos se encontram no restante desta página. No entanto, como muita coisa boa inevitavelmente ficou de fora, eis aqui um breve apanhado de faixas e discos que também embalaram e balançaram as cadeiras na redação do Estado: O possante gogó de Cee Lo Green em Fuck You, sua catártica banana a uma ex-namorada. Joanna Newsom, sua voz delicada e as canções exuberantes do disco Have One on Me.
O pós-punk nostálgico de LCD Soundsystem, que em This Is Happening transformou autocrítica melancólica e saudosista em hits de pista. O hip hop vanguardista do genial produtor Flying Lotus em seu terceiro disco, Cosmogramma. A irresistível paixonite adolescente que permeia as impecáveis canções de Body Talk, disco da diva pop Robyn. O narcisismo doentio de Kanye West nas faixas barrocas e megalomaníacas de My Beautiful Dark Twisted Fantasy. Os líricos tormentos da meia-idade masculina em High Violet, da banda The National.
O eletrônico minimalista do canadense Caribou e seu ótimo disco Swim. Os hematomas de um relacionamento ciclotímico, cantados por Rihanna e Eminem na dilacerante canção Love the Way You Lie. O astro country Jamey Johnson, que fez mais um grande disco, The Guitar Song. E, entre tantos outros, as finas viagens sintéticas de Sufjan Stevens em Age of Adz.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.