Em 2011, destaque para Dalí e Steinberg em SP

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Por Camila Molina
Atualização:

A mais tradicional das mostras de arte, a Bienal de Veneza, vai abrir em 4 de junho de 2011 sua 54.ª edição na cidade italiana, sob o tema Iluminações (fazendo jogo metafórico com o conceito de uso da luz, mas também de nações, países). Será a grande atração do próximo ano, certamente, a mais esperada. Com curadoria da suíça Bice Curiger, a mostra ficará em cartaz até novembro. Nos Giardini de Veneza, como parte do evento, o artista Artur Barrio vai representar o Brasil, ocupando com uma obra inédita o pavilhão brasileiro.No campo ainda de Bienais, este ano Porto Alegre vai abrigar, a partir de setembro, a 8.ª Bienal do Mercosul, que terá como título Ensaios de Geopoética. O evento, com curadoria geral do colombiano José Roca, vai se espalhar por diversos espaços da capital gaúcha - os Armazéns do Cais do Porto, o Santander Cultural, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul - e, ainda, como prevê por enquanto o projeto, possivelmente a outras cidades do RS. A 8.ª Bienal do Mercosul, ainda, vai homenagear o artista chileno Eugenio Dittborn.Já na capital paulista, a Fundação Bienal de São Paulo realizará em seu prédio, entre setembro e dezembro, uma grande mostra com 250 obras da coleção do museu Astrup Fearnley de Oslo. O evento vai marcar as comemorações dos 60 anos da instituição brasileira.Eliasson. Mas até que essas grandes exposições sejam inauguradas ou mesmo durante seus períodos, pelo menos em São Paulo já é possível citar alguns destaques do que o público poderá ver em 2011. O maior deles, pelo que se vê, será a mostra do artista dinamarco-islandês Olafur Eliasson, um dos mais consagrados do cenário contemporâneo mundial. Ele será a grande atração do 17.º Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc/Videobrasil, marcado para ser aberto a partir de setembro. A exposição de instalações de Eliasson, com curadoria de Jochen Volz, vai ocorrer no Sesc Pompeia e no Sesc Belenzinho - e, possivelmente, até na Pinacoteca do Estado.Já no Itaú Cultural, o destaque de 2011 vai ser a mostra Leonilson - Sob o Peso dos Meus Amores, programada para março. Com curadoria de Ricardo Resende, a exposição vai ocupar toda a instituição com cerca de 280 obras do artista, morto em 1993. A Pinacoteca do Estado vai receber em fevereiro a grande retrospectiva do russo Aleksandr Rodchenko (1891-1956), apresentada primeiramente no Instituto Moreira Salles do Rio, e ainda prevê para o próximo ano apresentar, em sua sede, na Praça da Luz, antologia da artista portuguesa Paula Rêgo (março/maio); e exposição do venezuelano Cruz-Diez (novembro); e no prédio da Estação Pinacoteca, no Largo General Osorio, mostras do espanhol Antoni Muntadas (fevereiro a maio) e de artistas contemporâneos peruanos (maio a julho).O Museu de Arte Moderna (MAM), além da realização, em outubro de 2011, do 32.º Panorama da Arte Brasileira - com curadoria desta vez de Cauê Alves e Cristiana Tejo -, vai abrir sua programação do ano, em 27 de janeiro, com a mostra Ordem e Progresso: Vontade Construtiva na Arte Brasileira (curadoria de Felipe Chaimovich).Já o Instituto Tomie Ohtake tem confirmadas para o ano a mostra Miragens, de arte do mundo islâmico, atualmente em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio (fevereiro); do surrealista espanhol Salvador Dalí (entre abril e junho); de Louise Bourgeois (junho a agosto) e de Joseph Beuys (entre setembro e outubro) - estão ainda sendo negociadas exposições sobre Charles Chaplin e de Isamu Noguchi.Porto Alegre. E para falar mais uma vez de Porto Alegre, a Fundação Iberê Camargo programa para a partir de março inaugurar uma ampla mostra de Regina Silveira (curadoria de José Roca). Seguindo o ano, destacam-se ainda na instituição mostras do pintor uruguaio Torres García (setembro) e do metafísico italiano Giorgio De Chirico (dezembro). O Instituto Moreira Salles promete também uma agenda carregada e de qualidade.Logo no dia 27 de janeiro, abre a exposição Thomaz Farkas - Uma Antologia Pessoal, em São Paulo. Já em fevereiro, agora no prédio da Pinacoteca do Estado, começa a exposição Aleksandr Rodchenko: Revolução na Fotografia, com cerca de 300 obras, entre fotografias, fotomontagens e o essencial da produção gráfica do artista russo (capas de livro, revistas e cartazes). Organizada pela Moscow House of Photography e com curadoria de Olga Svíblova (diretora do museu), a mostra revela os temas descobertos e representados pelo fotógrafo pensador nos anos em que trabalhou ativamente (1924 a 1954). Em abril, no IMS do Rio, é a vez de ser aberta a exposição com desenhos de Saul Steinberg. Com material da Saul Steinberg Foundation de Nova York, a mostra trará desenhos do ilustrador e cartunista, conhecido por seus trabalhos para a revista The New Yorker.

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