Elomar Intimista E politizado

Último show do evento, na Júlio Prestes, apostou na delicadeza comovente e na improvisação

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Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

A Virada começou e terminou no mesmo palco, montado na Praça Júlio Prestes. O encerramento foi o reencontro dos nordestinos Elomar, Xangai (ambos nascidos no sertão da Bahia), Vital Farias (Paraíba) e Geraldo Azevedo (Pernambuco), nos moldes do histórico e poético show coletivo que rodou o Brasil e rendeu dois discos gravados ao vivo em 1984.Foi um anticlímax significativo diante do ambiente de festa desenfreada que se tornou o evento. E a resposta mais radical à picaretagem do ABBA cover. Mesclando canções antigas com outras mais recentes, eles tocaram meio de improviso e fizeram mais números solos do que em conjunto, mas comoveram o público com clássicos como Campo Branco, Bicho de Sete Cabeças, Dona da Minha Cabeça e Ai Que Saudade de Ocê. Intimista, um tanto arrastado e mais adequado a ambientes menores e fechados, provavelmente foi o único show da Virada que ganhou tintas mais politizadas.Eles voltaram para o bis cantando Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e Canção da Despedida, de Geraldo Vandré e Geraldo Azevedo. Vital Farias dedicou o show a Antônio Nóbrega, Geraldo Vandré, entre outros artistas, e até agradeceu a jornalistas e críticos de música, que, segundo ele, "fizeram o trabalho de formiguinha", contribuindo para que ele se tornasse mais conhecido. Elomar se ausentou do palco durante um bom tempo para afinar o violão.OS HITS DA VIRADACatedral - Zélia DuncanSandra Rosa... - Sidney MagalManhãs de Setembro - Vanusa Me Adora - PittyTernura - WanderléaSerá - Legião UrbanaDancing Queen - ABBA Cover

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