
17 de maio de 2010 | 00h00
A Virada começou e terminou no mesmo palco, montado na Praça Júlio Prestes. O encerramento foi o reencontro dos nordestinos Elomar, Xangai (ambos nascidos no sertão da Bahia), Vital Farias (Paraíba) e Geraldo Azevedo (Pernambuco), nos moldes do histórico e poético show coletivo que rodou o Brasil e rendeu dois discos gravados ao vivo em 1984.
Foi um anticlímax significativo diante do ambiente de festa desenfreada que se tornou o evento. E a resposta mais radical à picaretagem do ABBA cover. Mesclando canções antigas com outras mais recentes, eles tocaram meio de improviso e fizeram mais números solos do que em conjunto, mas comoveram o público com clássicos como Campo Branco, Bicho de Sete Cabeças, Dona da Minha Cabeça e Ai Que Saudade de Ocê. Intimista, um tanto arrastado e mais adequado a ambientes menores e fechados, provavelmente foi o único show da Virada que ganhou tintas mais politizadas.
Eles voltaram para o bis cantando Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e Canção da Despedida, de Geraldo Vandré e Geraldo Azevedo. Vital Farias dedicou o show a Antônio Nóbrega, Geraldo Vandré, entre outros artistas, e até agradeceu a jornalistas e críticos de música, que, segundo ele, "fizeram o trabalho de formiguinha", contribuindo para que ele se tornasse mais conhecido. Elomar se ausentou do palco durante um bom tempo para afinar o violão.
OS HITS DA VIRADA
Catedral - Zélia Duncan
Sandra Rosa... - Sidney Magal
Manhãs de Setembro - Vanusa Me Adora - Pitty
Ternura - Wanderléa
Será - Legião Urbana
Dancing Queen - ABBA Cover
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