Edição de luxo contará, em imagens, vida de Pagu

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Por Raquel Cozer , Lúcia Guimarães e NOVA YORK
Atualização:

Patrícia Galvão, a musa do modernismo cuja vida já foi revista em mostras e livros, terá agora sua trajetória recontada em imagens, muitas delas inéditas. Sai em 9 de junho - quando ela completaria 100 anos - a fotobiografia Viva Pagu (Imprensa Oficial do Estado de SP/Unisanta), de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz, filho da escritora. O volume de luxo incluirá fac-símiles de cartas e outros textos nunca antes publicados. E histórias como as do período em que a modernista, aos 22 anos, viveu, em Santos, num quarto do chalé da portuguesa dona Maria - que nem desconfiava de que a moça estava foragida por atividades políticas. Isso, até seu sobrinho encontrar um revólver na bolsa dela. Preocupada, a pacata Maria acabaria se tornando uma espécie de cúmplice quando, ao encontrar panfletos comunistas no quarto de Pagu, achou melhor escondê-los no forro. Dias depois, a polícia revistaria o local, sem nada encontrar. NEGÓCIOPlanos de expansãoFernando Ullmann, diretor presidente e acionista da gráfica Ipsis ? contratada para impressão de publicações de arte por editoras como a Cosac Naify ?, adquiriu 25% do capital da Alaúde, especializada em saúde e automobilismo. A meta, diz o publisher Antonio Cestaro, é aumentar em 60% a oferta de lançamentos. Em 2009, foram 28 títulos.SUBORNOEditora sob castigoO Banco Mundial baniu a Macmillan de seus financiamentos por seis anos, depois que a editora inglesa subornou autoridades no Sudão para levar contrato milionário num projeto de educação (e não levou). Focada em livros didáticos ? e com hits como o Booker Prize Wolf Hall, de Hilary Mantel ?, a Macmillan pode reduzir a pena se cooperar com o banco no combate a fraudes.SUSPENSEAgatha Christie adaptadaA L&PM, que lança as histórias de Agatha Christie em edições de bolso, comprou os direitos de quatro delas no formato graphic novel. Serão dois títulos por volume, em capa dura, todos adaptados pelo escritor e crítico literário François Rivière: Assassinato no Expresso Oriente e Morte Sobre o Nilo, no primeiro, e Morte na Mesopotâmia e O Caso dos Dez Negrinhos, no outro.NOVAS EDIÇÕESHaroldo recuperadoA Iluminuras prepara o relançamento de dois livros de Haroldo de Campos (1929-2003). Educação dos Cinco Sentidos saiu pela Brasiliense em 1985 e agora terá os acréscimos da edição espanhola, da qual o poeta cuidou. O Sequestro do Barroco saiu com tiragem tímida pela Fundação Casa de Jorge Amado, em 1989, o que não evitou a polêmica. Sob o título original O Sequestro do Barroco na Formação da Literatura Brasileira: O Caso Gregório de Mattos, a obra comenta a ausência desse autor no clássico estudo de Antonio Candido.GASTRONOMIACozinha na BienalO chef André Boccato será curador do Espaço Gourmet na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto. Com cozinha cenográfica, na qual chefs darão aulas interativas, a iniciativa segue tendência mundial. As mais recentes feiras de Frankfurt e de Paris tiveram espaços similares.JAZZ 1Biografia de DukeDuke Ellington terá sua trajetória contada por um dos mais bem-sucedidos biógrafos recentes do jazz. Terry Teachout, autor de Pops: A Life of Louis Armstrong, que sai no Brasil em agosto pela Larousse, está mergulhado em pesquisas sobre o pianista e compositor norte-americano para escrever uma biografia encomendada pela Penguin americana, ainda sem data de publicação.JAZZ 2Efeitos da lei secaPrestes a sair nos EUA, Last Call: The Rise and Fall of Prohibition, de Daniel Okrent, será a maior fonte do documentário sobre a Lei Seca que Kenn Burns, diretor da série Jazz, lançará em 2011. Primeiro ombudsman do New York Times, Okrent sugere que a proibição do álcool, de 1920 a 1933, ajudou a criar a vida noturna moderna de Nova York. Antes, beber era atividade segregada. Bares clandestinos do período misturaram sexos e raças, além de promoverem o jazz.

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