24 de maio de 2014 | 02h10
Há muito não se via um livro de poesia nas listas de mais vendidos no Brasil, mas o curitibano Paulo Leminski conseguiu tal feito este ano quando a Companhia das Letras lançou um volume com toda a sua produção poética. Ele chegou, inclusive, a desbancar o best-seller erótico Cinquenta Tons de Cinza.
Quem entra na briga pela atenção do leitor brasileiro agora é Waly Salomão, baiano de Jequié, filho de pai sírio e mãe sertaneja, e poeta que agitou o Rio de Janeiro nos anos 70, 80, 90, morreu precocemente e fez escola influenciando novas gerações de poetas.
Poesia Total, que será lançado na segunda-feira no Rio e no dia 31 em São Paulo, traz, além de seus poemas, as músicas que escreveu e que ficaram famosas na voz de artistas - entre elas estão Vapor Barato, gravada por Jards Macalé, Gal Costa e Rappa; Mel, por Maria Bethânia e Caetano Veloso; Assaltaram a Gramática, interpretada por Lulu Santos e Paralamas do Sucesso; e Teu Nome Mais Secreto, cantada por Adriana Calcanhotto.
Waly Salomão não falava, declamava. Era todo gestos, caras, bocas e sorrisos largos. Inventou um personagem e viveu nele até perder a batalha para o câncer em 2003 - nessa época, ele era também secretário nacional do livro enquanto o amigo Gilberto Gil comandava o ministério da Cultura.
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