Drama, thriller e road movie

Assim o diretor Luciano Moura define seu primeiro longa-metragem

PUBLICIDADE

Por Flavia Guerra
Atualização:

A cena acompanhada pelo Estado se passava em uma fazenda de cana em Cosmópolis, mas a "grande região" era a de Paulínia, no interior paulista. De tanto investir no cinema, a cidade que já está sendo chamada de Pauliwood já se acostumou a "ver o cinema antes de ele chegar às telas". "A pré-estreia do filme será em Paulínia, né?", perguntava a bem informada agricultora Maria ao Estado, enquanto assistia ao diretor Luciano Moura dirigir Wagner Moura em uma cena de perseguição numa fazenda de cana. "Além da relação com a trama e do investimento no projeto, é ótimo filmar aqui. As pessoas têm paciência. Em São Paulo, o povo é capaz de chamar a polícia", brincou o diretor que, não por acaso, quer fazer um filme para o público. "A história tem o lado emocional, mas é também um thriller. É um nicho diferente, muito simples de certa forma, mas complexo", disse Luciano, dono de longa experiência em publicidade e curtas. "Na O2 (produtora do filme, ao lado da prefeitura de Paulínia), brincamos que este era um filme para quatro atores e uma estrada. Agora tem 150 atores secundários, 600 figurantes e dezenas de locações." Orçado em R$ 5 milhões, A Cadeira do Pai tem como produtores Bel Berlinck, Andrea Barata Ribeiro e Fernando Meirelles. Tem também o trunfo de tratar de um assunto comum. "Todo mundo é filho. Muitos são pais. O filme passa pelas mazelas do Brasil, mas não é sobre isso. E sim das mazelas que todo mundo vive."Para o diretor, ainda faltam filmes assim. "Temos comédia, thriller político, social. A Cadeira é outra coisa. O cinema brasileiro começa agora a amadurecer seus temas. Quero fazer filmes que emocionem." Luciano, que neste fim de semana roda cenas no litoral paulista, em Ilha Comprida e região, vê na diversidade de temas a saúde da produção nacional. "Quero fazer mais séries na TV com a pegada de cinema e chegar a todo tipo de espectador. A graça é essa. Comunicar-se."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.