
01 de julho de 2010 | 00h00
Acompanhado de Mauricio Zottarelli (bateria), Taiguara Brandão (contrabaixo) e Rodrigo Ursaia (sopros), Dom Salvador mostrou entrosamento assustador com os músicos, com perguntas e respostas, comentários entre os instrumentos, convenções cravadas e improvisos abrasadores. Nada fortuito, já que eles tocam quase que diariamente no River Café, em NY.
Com mais de duas horas de show, Dom Salvador, nascido em Rio Claro, no interior de São Paulo, e que começou na música ainda garoto tocando surdo e tamborim, interpretou seus temas, como Gafieira, Depois da Chuva, Porque e Arroz de Festa para uma plateia em ovação, com a presença de gente do métier, como os pianistas Laércio de Freitas (acompanhado de sua filha, a cantora Thalma de Freitas) e Amilton Godoy. Foi um ponto de exclamação na história da música, e Dom Salvador, aos 71 anos, mostrou-se um "duas caras" do bem, que incorporou o jazz à sua veia para desfilá-lo aqui no Brasil ao mesmo tempo em que espanta os americanos batucando seus quentes sambas no piano.
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