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Documento do FBI diz que Michael Jackson foi ameaçado de morte

Por STEVE GORMAN
Atualização:

O FBI divulgou nesta terça-feira centenas de documentos até então sigilosos a respeito de Michael Jackson, a maioria dos quais relacionados a uma investigação, em 1992, sobre um homem que ameaçava matar o cantor e o então presidente George H. Bush. Os registros incluem numerosas cartas ameaçadoras enviadas pelo suspeito, que segundo o FBI dizia ser filho do mafioso John Gotti e chegou a ser considerado mentalmente incapaz para enfrentar um julgamento. O suspeito, que nunca foi identificado, acabou assumindo as acusações de comunicação postal de ameaça, pelo que foi condenado a dois anos de prisão. Os documentos, no entanto, incluem recortes de jornais da época identificando o homem como sendo Frank Paul Jones, então de 34 anos, um fã obcecado pela irmã de Michael, Janet Jackson. Segundo os relatos da época, esse novaiorquino já havia sido detido ao tentar entrar ilegalmente na Casa Branca, e um mês depois foi visto no terreno da casa dos pais de Jackson em Los Angeles. Em uma carta, o suspeito dizia: "Se não me prenderem nem resolverem o meu problema, vou tentar matar o presidente George Bush". Em outro, ameaça "cometer homicídio em massa no show do Michael Jackson, se necessário" e "tentar matar pessoalmente (o cantor) se ele não pagar o que me deve". O arquivo, divulgado de acordo com pedidos amparados na Lei da Liberdade de Informação, mostra também que o FBI esteve envolvido nas investigações de pedofilia contra Michael Jackson. No primeiro caso, em 1993, o caso foi arquivado, mas ele pagou uma indenização de 20 milhões de dólares; no segundo, em 2005, ele foi absolvido. Jackson morreu em junho, aos 50 anos, vítima de uma overdose de medicamentos.

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