
05 de março de 2012 | 03h06
Qual a diferença entre compor uma peça para o rádio e escrever para o teatro?
Há muitas diferenças técnicas. Você tem que ser muito mais claro no rádio. Até porque é muito mais fácil perder algo se você está apenas ouvindo, sem ver. As cenas também podem ser muito mais curtas no rádio e começarem no meio, o que é mais difícil no teatro.
Ivan e os Cachorros conquistou importantes prêmios. Qual é, na sua opinião, a causa dessa boa acolhida?
Acho que é a história que ressoa. Todos nós imaginamos uma comunhão possível entre homens e animais. E Ivan conquistou justamente isso.
Na peça, você se vale de uma história verídica como inspiração. O que a levou a eleger esse episódio como tema?
Muitas razões, mas talvez o principal motivo seja a experiência do selvagem em uma paisagem urbana.
Você já usou episódios reais em outras peças suas. Como criar a partir do real?
Eu pesquiso a história e o período em que ela acontece. Aí, começo a desenvolver algumas ideias. Depois, escrevo tudo como um fluxo constante por mais ou menos uma semana. Só então, eu tenho uma versão e essa - depois de passar por uma edição - será a peça. / M.E.M.
IVAN E OS CACHORROS.
Cultura Inglesa. R. Dep. Lacerda Franco, 333. 3814-0100. Sáb. e dom.: 20h30. Ingr.: R$ 20. Até 1º/4
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.