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Divulgados os vencedores do Prêmio Pulitzer

Jornais levam Pulitzer pela cobertura do furacão Katrina. A escritora e jornalista australiana Geraldine Brooks foi a vencedora do prêmio Pulitzer de ficção por sua obra March

Por Agencia Estado
Atualização:

O prestigiado prêmio Pulitzer que todo ano é concedido pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, divulga hoje sua lista de vencedores. A escritora e jornalista australiana Geraldine Brooks foi a vencedora do prêmio Pulitzer de ficção por sua obra March, com uma história que se passa durante o primeiro ano negro da Guerra civil Americana. É a primeira vez desde 1997 que o Pulitzer é dedicado a um drama. O livro fala da vida de John March, personagem do livro de Louisa May Alcott´s Little Women, pai de quatro filhas que acaba se tornando ausente por conta da Guerra Civil nos EUA. Geraldine declarou: "Eu simplesmente não consigo acreditar nisso. Eu não tenho grandes planos, acho que agora devo ter algum, e sei que terá champagne no meio". O marido de Geraldine ganhou o Pulitzer em 1995 por sua reportagem nacional no The Wall Street Journal. David M. Oshinsky ganhou o prêmio História por Polio: An American Story. O prêmio por gênero de não-ficção foi para Caroline Elkins por Imperial Reckoning: The Untold Story of Britain´s Gulag in Kenya. Kai Bird e Martin J. Sherwin ganharam prêmio com a biografia American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer. A poesia Late Wife de Claudia Emerson foi premiada. Os poemas foram baseados numa série de cartas que ela escreveu para o ex-marido. Claudia se mostrou surpresa com o prêmio. "Significa muito pra mim porque o livro é muito pessoal", disse. Yehudi Wyner faturou o prêmio de música com Piano Concerto: Chiavi in Mano. Pulitzer premia cobertura da catástrofe do furacão Katrina No jornalismo, a cobertura da catástrofe provocada pelo furacão Katrina no sul dos Estados Unidos rendeu o prêmio Pulitzer aos jornais The Times-Picayune, de Nova Orleans e o The Sun Herald, de Biloxi, no Estado do Mississippi. Os jornais foram premiados na categoria de jornalismo de serviço público, uma das mais reconhecidas do prêmio. Na modalidade de jornalismo de investigação foram premiados os jornalistas do Washington Post Susan Schmidt, James V. Grimaldi e R. Jeffrey Smithhan, por sua cobertura do escândalo de Jack Abramoff, um republicano que se declarou culpado de fraude. A Universidade de Columbia premiou outros dois colegas deste jornal, David Finkel, pela reportagem sobre o trabalho dos Estados Unidos na promoção da democracia no Iêmen e Dana Priest, pelas investigações sobre as prisões norte-americanas secretas e as campanhas antiterroristas. Na modalidade de reportagens nacionais foram premiados os jornalistas James Risen e Eric Lichtblau, do The New York Times, assim como a equipe editorial do San Diego Union-Tribune e do Copley News Service. Outra das coberturas premiadas foi a de Jim Sheeler, do Rocky Mountain News, por sua reportagem sobre o oficial aposentado da Marinha que ajudava famílias de colegas falecidos no Iraque a superar suas perdas. Entre as reportagens internacionais, a Universidade de Columbia concedeu o Pulitzer aos jornalistas do The New York Times por suas matérias informativas sobre o sistema legal na China, James Kahn e Jim Yardley. Outro jornalista deste jornal, Nicholas D. Kristof, ganhou um Pulitzer na categoria crítica e opinião. Lista Os vencedores do prêmio Pulitzer 2006 de Jornalismo e Artes: Jornalismo Serviço público: The Sun Herald of Biloxi, do Mississippi, e The Times-Picayune, de New Orleans. Furo de reportagem: The Times-Picayune, de New Orleans. Reportagem investigativa: Susan Schmidt, James V. Grimaldi e R. Jeffrey Smith do The Washington Post. Reportagem explicativa: David Finkel do The Washington Post Reportagem de denúncia: Dana Priest do The Washington Post Reportagem nacional: James Risen e Eric Lichtblau do The New York Times e a equipe do The San Diego Union-Tribune e Copley News Service. Reportagem internacional: Joseph Kahn e Jim Yardley do The New York Times. Reportagem especial: Jim Sheeler do The Rocky Mountain News of Denver, de Colorado. Comentário: Nicholas D. Kristof do The New York Times. Crítica: Robin Givhan do The Washington Post. Editorial: Rick Attig e Doug Bates do The (Portland) Oregonian. Projeto editorial: Mike Luckovich do The Atlanta Journal-Constitution. Furo de reportagem Fotográfica: Equipe do The Dallas Morning News. Fotografia: Todd Heisler do The Rocky Mountain News de Denver, Colorado. Literatura: Ficção: March, de Geraldine Brooks (Viking) Drama: Sem premiado História: Polio: An American Story, de David M. Oshinsky (Oxford University Press) Biografia: American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Sherwin (Alfred A. Knopf) Poesia: Late Wife, de Claudia Emerson (Louisiana State University Press) Ensaio: Imperial Reckoning: The Untold Story of Britain´s Gulag in Kenya, de Caroline Elkins (Henry Holt) Música: Piano Concerto: Chiavi in Mano de Yehudi Wyner (Associated Music Publishers) Homenageados: Edmund S. Morgan, emérito professor de história de Yale, por "sua criatividade e profundo instrumento de trabalho sobre a História norte-americana que abrange a última metade do século", como o descreveu a comissão julgadora do Pulitzer. Thelonious Monk, por "composição musical inovadora que teve um significativo impacto na evolução do jazz". (Notícia alterada às 18h55)

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